terça-feira, 27 de outubro de 2009

Angina do Peito
A angina do peito apresenta-se sob duas formas, a estável e a instável.
Tanto a instável como a estável têm manifestações ou sintomas semelhantes aos do infarto do miocárdio. Elas podem evoluir para um infarto do miocárdio quando não tratadas.
A angina do peito estável se diferencia do infarto por algumas das características abaixo:
Duração da dor - geralmente é de mais curta duração, se durar mais do que 15 minutos provavelmente se trata de infarto.
A dor surge com o esforço e passa com a parada, com o repouso.
As manifestações paralelas não costumam ser tão intensas como no infarto.
A dor ou opressão retroesternal passa com o uso de comprimidos sublinguais de nitro derivados. Se a dor não ceder provavelmente se trata de um infarto.


Os sintomas da angina de peito estável variam de pessoa para pessoa, mas, num mesmo indivíduo, costumam ser semelhantes, e num mesmo indivíduo costumam ter os seus fatores desencadeantes bem conhecidos, como fazer força, caminhar no vento frio, subir escadas, atividade sexual, e outras.

Os sintomas da angina de peito instável costumam surgir em repouso ao levantar pela manhã, e são de aparecimento súbito, com dores e desconforto moderado a severo, evoluem rapidamente para um estágio em que há um aumento no desconforto e na dor, tanto na intensidade como severidade.
O infarto do miocárdio ?
se dá quando o suprimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou cortado totalmente. Isso acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente.
Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com conseqüências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação.
HIPERTENSÃO PULMONAR PRIMÁRIA

O que é?
Ocorre quando há uma pressão sangüínea anormalmente elevada nas artérias que levam o sangue do coração para os pulmões.
Essa pressão não é a mesma que é medida no consultório médico.
Quando a causa deste distúrbio é o enfisema pulmonar ou uma doença do coração presente desde o nascimento, por exemplo, chamamos isto de hipertensão pulmonar secundária.
Se nenhuma causa para isso é encontrada, chamamos de hipertensão pulmonar primária. A hipertensão pulmonar primária é uma doença rara que ocorre mais freqüentemente em adultos jovens, com uma discreta predominância no sexo feminino.
Como se desenvolve?
A pressão sangüínea nas artérias pulmonares pode estar elevada por muitas razões.
Em algumas situações, nenhuma causa para tal aumento é encontrada. Quando isto ocorre, chamamos tal acontecimento de Hipertensão Pulmonar Primária. Nesta doença, normalmente, o que ocorre é uma alteração na parte interna dos vasos sangüíneos, que dificulta a passagem do sangue e faz com que o coração tenha mais trabalho para levar este até os pulmões.
Com isso, a pressão nos vasos pulmonares torna-se elevada.
A causa destas alterações nestes vasos sangüíneos é desconhecida.
Quais são os sinais e sintomas?
Encurtamento gradual da respiração que pode piorar com exercícios.
Dor ou desconforto torácico.
Fadiga.
Inchaço nas pernas.
Tosse persistente.
Palpitações (sensação do batimento forte ou anormal do coração).
Cianose (tom azulado da pele, principalmente nas mãos, pés e face).
Tontura
Desmaio (síncope).
Como o médico faz o diagnóstico?
Normalmente, a primeira pista para o diagnóstico desta doença é uma radiografia do tórax ou um eletrocardiograma que sugira uma hipertrofia do ventrículo direito (aumento do músculo do coração que bombeia o sangue para os pulmões).
Mais comumente a pessoa, no início, se queixa de cansaço fácil e desconforto torácico.
Através destas alterações narradas pelo paciente e do exame físico alterado, poderá o médico suspeitar da doença, devendo solicitar exames complementares.
A determinação direta da pressão circulatória pulmonar quando se coloca um cateter (tubo que entra por um vaso sangüíneo, passa pelo coração e chega até os pulmões) no coração continua sendo o padrão-ouro, ou seja, o melhor exame para confirmar a doença.
A ecocardiografia (uma ecografia do coração) pode sugerir a doença e é útil no acompanhamento e na determinação da resposta deste ao tratamento.
Como se trata?
A única cura para a hipertensão pulmonar primária é o transplante pulmonar para ambos os pulmões, sendo, às vezes, também necessário o transplante de coração.
Medicamentos podem ser utilizados para a melhora dos sintomas e prolongamento da vida, mas não curam a doença. Devemos lembrar que os transplantes são cirurgias grandes e envolvem riscos significativos, como sangramento, infecções, e, até mesmo, o óbito do paciente.
Além disso, o fenômeno de rejeição ao órgão transplantado é elevado, podendo chegar até 50% dos pacientes dentro de dois a três anos após o transplante.
Após a realização do transplante, o uso de medicações para prevenir a rejeição é obrigatório por toda a vida, o que pode ocasionar diversos efeitos colaterais.
Para o alívio dos sintomas, o oxigênio suplementar é a medida mais importante e quase sempre faz parte do arsenal do tratamento.
Além disso, os vasodilatadores - medicações que dilatam os vasos para facilitar a passagem do sangue - podem, em um terço dos casos, auxiliar no tratamento.
Várias medicações estão em fase de teste para ver se podem ajudar no tratamento e há outras já em uso na hipertensão pulmonar.
Os anticoagulantes (medicações que combatem a coagulação do sangue) também têm sido empregados no tratamento, visto que eles parecem prolongar a vida dos pacientes. Além disso, eles evitam os casos de trombose nestes vasos pulmonares alterados.
A hipertensão pulmonar primária é uma doença com mau prognóstico.
Como se previne?
Não existem maneiras de prevenir esta doença.
ANEURISMA CEREBRAL

O que é?
Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar a ruptura da mesma no local enfraquecido e dilatado.
Uma comparação de como se parece um aneurisma é a dilatação ou irregularidade da câmara de um pneu. Formam-se irregularidades na superfície da câmara e em um destes locais há ruptura da mesma com perda de ar sob pressão. Nos indivíduos que têm aneurisma cerebral há a ruptura desta irregularidade da artéria cerebral e "vazamento" de sangue para um espaço virtual que existe no cérebro chamado de "espaço subaracnóide".
A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva à morte quase um terço dos pacientes. Alguns pacientes apresentam dois ou mais episódios de hemorragia do aneurisma cerebral. Em cada uma das hemorragias o risco de morte vai se somando.
Como se desenvolve?
A ruptura do aneurisma pode ocorrer durante toda a vida, mas é mais freqüente entre a quarta e quinta década de vida.
Muitas pessoas nascem com aneurismas cerebrais, os chamados aneurismas congênitos os quais, ao longo da vida, podem aumentar e romper.
Existem fatores de risco como parentesco de sangue próximo ao de alguém que já teve aneurisma, principalmente irmãos.
Outros fatores de risco são: hipertensão arterial, dislipidemias (alteração do colesterol e triglicerídeos), doenças do colágeno, diabete mélito (açúcar no sangue) e fumo.
O que se sente?
O sintoma mais comum é cefaléia de grande intensidade acompanhada de vômitos, convulsões e perda de consciência. Alguns pacientes desenvolvem ptose palpebral (queda súbita da pálpebra) acompanhado de cefaléia. Outros, perda progressiva da visão por comprometimento do nervo óptico por compressão do aneurisma.
Com o decorrer das horas a dor de cabeça pode evoluir para uma dor importante na nuca e levar a "rigidez de nuca" que é comum na meningite, ou dor nas costas e pernas. Isso ocorre por que o sangue escorre da cabeça para a coluna e "irrita" as raízes nervosas provocando dor nas costas.
Pacientes que não rompem o aneurisma cerebral podem ter sintomas de isquemias cerebrais de repetição, pois pode haver formação de pequenos coágulos dentro do saco aneurismático levando a liberação dos mesmos para a corrente sangüínea e "entupindo" pequenas artérias.
Como o médico faz o diagnóstico?
Os pacientes com aneurisma cerebral não roto apresentam dificuldade de diagnóstico por parte do médico. Os aneurismas não rotos não dão dor de cabeça. Algumas vezes apresentam-se como pequenas isquemias cerebrais ou queda da pálpebra. O especialista experiente deverá solicitar uma angiografia cerebral digital ou uma angiografia por ressonância magnética. Somente nos aneurisma muito grandes podemos fazer diagnóstico dos mesmo com uma tomografia computadorizada do encéfalo.
O diagnóstico de suspeição é feito pela história que o paciente conta quando o aneurisma é roto. Muitas vezes o paciente já chega em coma ao hospital. Cabe ao médico solicitar uma tomografia computadorizada do encéfalo que deve demonstrar sangue no espaço subaracnóide ou hematoma cerebral (coágulo dentro do cérebro).
Caso a tomografia computadorizada seja normal e o paciente apresente rigidez de nuca o médico procede a uma punção lombar para ver se há sangue no líquido que banha o cérebro e a espinha, chamado de "líquor". Nos pacientes com hemorragia por aneurisma cerebral o líquor - que é da cor da água - aparece avermelhado pelo sangue da hemorragia.
Como se trata?
O tratamento dos aneurismas não rotos deve ser avaliado, pois o risco anual da ruptura de um aneurisma é de 1,25 %, ou seja, o paciente pode escolher um momento adequado para o seu tratamento junto com seu médico.
Já os aneurismas rotos apresentam-se como uma urgência médica devendo ser tratados com máxima brevidade. Até o início da década de 90 o tratamento era feito exclusivamente através da cirurgia, que consiste em abertura do crânio e bloqueio do aneurisma com clipes (grampos) metálicos. Nem todos os pacientes podem ser tratados com cirurgia. Dependendo do estado de saúde do paciente e do local a ser alcançado, uma intervenção cirúrgica poderá ser perigosa. A partir da metade da década de 90, foi desenvolvido um método denominado embolização por cateter que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através do cateter, que é levado até ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma com inserção de micro molas de platina. Nisto reside o tratamento endovascular, também conhecido como embolização. Há casos em que a estrutura vascular do paciente não permite a passagem do cateter. Nesses casos, não existe alternativa a não ser o tratamento cirúrgico. Recentemente foi desenvolvido novo material para tratar o aneurisma, chama-se Onyx. Trata-se de um líquido que se torna sólido no interior do aneurisma. O Onyx deverá substituir as molas de platina, mas sua utilização tem o mesmo conceito terapêutico.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Hepatite E

É uma doença infecciosa aguda, causada pelo virus da hepatite E, que produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão do virus é fecal-oral, e ocorre através da ingestão de água e alimentos contaminados. A transmissão direta de uam pessoa para outra é arra. Uma pessoa infectada com virus pode ou não desenvolver a doença. Ainfecção confere imunidade permanentecontra a doença. A hepatite E ocorre mais comumente em paises onde a infra-estrutura de saneamento básico é deficiente e ainda não existem vacinas disponíveis.
O ser humano parece ser o hospedeiro natural do virus da hepatite E, embora haja possibilidade de um reservatório animal e seja possível a infecção experimental de macacos.

Varicela

A varicela é uma doença infecciosa aguda, altamente transmissivel, causada pelo virus varicela-zóster. A doença é mais comum em crianças entre um e dez anos, porém pode ocorrer em pessoas susceptíveis (não imunes) de qualquer idade. Na maioria daas vezes, principalmente em crianças, a doença evoluiu sem consequencias mais sérias. Contudo, a varicela pdoe ter evolução grave e até causar o óbito, sendo consideravelmente maior o risco quando ocorre em adultos e pessoas com imunodeficiência.
O ser humano é o único hospedeiro natural do vírus varicela-zóster. A infecção, em geral, ocorre através da mucosa do trato respiratório superior (porta de entrada). A transmissão do virus ocorre, principalmente pela secreção respiratória de um indivíduo infectado.

Sífilis

A sífilis é uma DST sistêmica causada por uma bactéria, o treponema pallidum. A manifestação inicial é uma lesão ulcerada indolor em pele ou muscosa, geralmente na região genital, que desaparece mesmo sem tratamento. Quando não tratada, a sífilis pode permanecer assintomática e continuar evoluindo por meses ou anos e resultar em quadros graves. Em mulheres a infecção pode ocasionar, durante a gestação, a transmissão da sífilis para o concepto. A sífilis não confere imunidade permanente e a doença pode ocorrer mais de uma vez em uma mesma pessoa.
A sífilis geralmente é transmitida de uma pessoa para outra durante relações sexuais. O risco de transmissão é amior nos estágios inicias da doença, com redução gradual ao longo do tempo. As lesões da sífilis primária e secundária são altamente infectantes.

Caxumba

A caxumba é uma doença infecciosa imunoprevenível de transmissão respiratória. A infecção é causada pelo virus da caxumba e, frequentemente, resulta em manifestações discretas ou é assintomática. A doença geralmente tem evolução benígna e é mais comum em crianças, mas pode ocorrer com maior gravidade em adultos susceptíveis ( não imunes ). Durante a gravidez a infecção pelo virus caxumba pode resultar em aborto espontâneo, porém não existem evidências de que possa causar mal-formação congênitas. Como regra geral, a imunidade é permanente, ou seja, a caxumba comumente ocorre apenas uma vez na vida.
O ser humano é o único hospedeiro natural do virus da caxumba. Após a transmissão, o virus da caxumba se replica na mucosa da nasofarínge e nos gânglios linfáticos regionais. Entre 12 e 25 dias após a infecção, ocorre disseminação do virus através da corrente sanguínea (viremia).

Encefalite japonesa

A encefalite japonesa é uma doença infecciosa aguda, causada por um flavivirus ( o virus da encefalite japonesa ) capaz de acometer o sistema nervoso central. A infecção, para a qual está disponível uma vacina eficient, é transmitida por mosquitos e ocorre principalmente na Ásia.
A transmissão ocorre através da picada de mosquitos infectados, que se proliferam em coleções de água e tem hábitos predominantemente noturnos. O vírus da encefalite japonesa tem como hospedeiros naturais os pássaros selvagens e os suínos, que servem de reservatório para amplificação viral. Embora os porcos adultos infectados não desenvolvam a doença ( servindo apenas de fonte de contaminação para os mosquitos ), a infecção durante a gestação provoca o aborto, sendo um problema veterinário relevante. A criação de porcos no peridomicilio, condição frequentemente encontrada em áreas rurais dos países asiáticos, favorece a contaminação dos mosquitos e consequentemente a transmissão do virus para os seres humanos.

Poliomelite

A poliomelite é uma doença causada por um enterovirus, denominado poliovírus ( sorotipos ,2 e 3 ). É mais comum em crianças ( "paralisia infantil" ), mas também ocorre em adultos. A transmissão do poliovirus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovirus também pode ser disseminado por contaminaçãofecal de água e alimentos.
O modo de aquisição do poliovirus é oral, através de transmissão fecal-oral ou, raramente, oral-oral. A multiplicação inicial do poliovirus ocorre nos locais por onde penetra no organismo( garganta e intestinos ). Em seguida dissemina-se pela corrente sanguínea e, então, infecta o sistema nervoso, onde a sua multiplicação pode ocasionar a destrução de células ( neurônios motores ), o que resulta em paralisia flácida. Uma pessoa que se infecta com o poliovirus pode ou não desenvolver a doença.

Hepatite A

A hepatite A é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da hepatite A, que produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão do vírus é fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra. Uma pessoa infectada com o vírus pode ou não desenvolver a doença. A hepatite A ocorre em todos os países do mundo, inclusive nos mais desenvolvidos. É mais comum onde a infra-estrutura de saneamento básico é inadequada ou ineistente. A infecção confere imunidade permanente contra a doença.
O ser humano é o único hospedeiro natural do vírus da hepatite A. A transmissão é comum entre crianças que ainda não tenham aprendido noções básicas de higiene, entre os que residem em mesmo domiicílio ou sejam parceiros sexuais de pessoas infectadas. dez dias depois de uma pessoa ser infectada, desenvolvendo ou não as manifestações da doença, o vírus passa a ser eliminado nas fezes durante cerca de três semanas. O período de maior risco da transmissão é de uma a duas semanas antes do aparecimento das manifestações.

Diarréia dos viajantes

A diarréia é o principal problema de saúde durante viagens. O termo diarréia dos viajantes define um grupo de doenças que é resultante da ingestão de água e alimentos contaminados por agentes infecciosos e que tem a diarréia como manifestação principal. Em geral a diarréia tem duração de dois a três dias e, mas pode causar desconforto e impedir a realização de atividades importantes. Pode ainda evoluir com complicações como a desidratação, o que é mais comum em crianças pequenas, idosos e portadores de doenças crônicas.

Leptospirose

A leptospirose é uma doeça infecciosa febril, aguda, potencialmente grave, causada por um abactéria, a Leptospira interrogans. É uma zoonose que ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões polares. Em seres humanos, ocorre em pessoas de todas as idades e em ambos os sexos. Na maioria dos casos de leptospirose a evolução é benígna.
Acomete roedores e outros mamíferos silvestres e é um problema veterinário relevante, atingindo animais domésticos e outros de importância econômica. esses animais mesmo quando são vacinados, podem tornar-se portadores assintomáticos e eliminar a L. interrogans junto com a urina. O rato de esgoto é o principal responsável pela infecção humana, em razão de existir em grande número e da proximidade com os seres humanos. A L. interrogans peneetra através da pele e de mucosas ou através da ingestão de água e alimentos contaminados. A presença de pequenos ferimentos na pele facilita a penetração, que pode ocorrer também através da pele íntegra quando a exposição é prolongada.

Febre tifóide

É uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Salmonella typhi. Caracteriza-se por febre prolongada, alterações do trânsito intestinal, aumento de vísceras como fígado e o baço e, se ão tratada, confusão mental progressiva, podendo levar ao óbito. A transmissão ocorre principalmente através da ingestão de água e de alimentos contaminados. A doença tem distribuição mundial, sendo mais frequente nos países em desenvolvimento, onde as condições de saneamento básico são inexistentes ou inadequadas.
A S. typhi causa infecção exclusivamente nos seres humanos. A principal forma de tranmissão é a ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes humanas ou, menos frequentemente, com urina contendo a S. typhi. Mais raramente, pode ser transmitida pelo contato direto ( mão-boca ) com fezes, urina, secreção respiratória, vômito ou pus proveniente de um indivíduo infectado.

Malária

A malária é uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por parasitas ( protozoários do gênero Plasmodium ) que são transmitidos de uma pessoa para outra pela picada de mosquitos de gênero anopheles. a malári, contra a qual não estão disponíveis vacinas, é a principal preocupação dos viajantes.
A malária, em condições naturais, é transmitida por fêmeas de mosquitos do gênero anopheles. O principal transmissor na região da Amazônica é o Anopheles darlingi, que tem como criadouro grandes coleções de água. O Anopheles aquasalis, que se prolifera em coleções de água salobra, predomina sobre o A. darlingi na faixa litorânea, inclusive no Rio de Janeiro. Estes mosquitos tem maior atividade durante a noite, do crepúsculo ao amanhecer e, geralmente picam no interior das habitações. A transmissão é mais comum no interior das habitações em áreas rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas principalmente na periferia.

Cólera

A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo Vibrio cholerae, que é uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que causa diarréia. Apenas dois sorogrupos ( existem cerca de 190) dessa bactéria são produtores da enterotoxina, o V. cholerae O1 ( biotipos "clássico" e "El Tor") e o V. cholerae 0139. O vibrio cholerae é transmitido principalmente através da ingestão de água ou de alimentos contaminados. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática ou produz diarréia de pequena intensidade. Em algumas pessoas pode ocorrer diarréia aquosa profusa de instalação súbita, potencialmente fatal, com evolução rápida para desidratação grave e diminuição acentuada da pressão sanguínea.
O V. cholerae penetra no organismo humano por ingestão de água ou de alimentos contaminados ( transmissão fecal-oral ). Se conseguir vencer a acidez do estômago, alcança o intestino delgado onde o meio é alcalino, multiplica-se intensamente, principalmente em doudeno e jejuno, e produz a enterotoxina que pode causar a diarréia.

Gonorréia

A gonorréia é causada por bactéria e é altamente contagiosa. A bacteria pode entrar no corpo através de qualquer abertura corporal ( vagina, boca, reto ). Ela é na maioria das vezes transmitida através da relação sexual. Nos homens a infecção normalmente começa na uretra ( o canal por onde passa a urina). Nas mulheres, a bacteria normalmente infecta primeiramente o colo do útero. A bactéria pode infectar a garganta e o reto após sexo oral e anal.
Um bebê, cuja mãe tenha gonorréia, pode ter seus olhos infectados durante o nascimento ao passar pelo canal vaginal. Os principais sintomas são: sensação de queimação ou dor ao urinar; vontade frequente de urinar; corrimento turvo e denso do pênis; corrimento vaginal turvo, amarelo com odor desagradável; dor de estômago ( nas mulheres ); sangramento menstrual anormal; ânus ou reto inflamados ( após relação sexual anal); inflamação de garganta ( após relação sexual oral) e dor no escroto ou testículos.

Osteonecrose

Osteonecrose (ON), também chamada de necrose asséptica óssea, necrose avascular, osteonecrose asséptica, etc., é um problema que acomete os vasos sanguíneos ósseos, mais comumente nas cabeças femorais e umerais, embora haja relatos de aparecimento em joelhos, maxilares, etc. Embora a osteonecrose asseptica posssa ter causas diversas, as procipais seriam corticosteroideterapia ( para asma, artrite reumatica, etc.), Anemia falciforme mergulhadores profissionais ( osteonecrose disbárica), por radiação contra tratamentos de cânce, alcoolismo e sem causa definida ( idiopatica ). Tem havido relato de pacientes portadores de HIV tambem desenvolverem o problema, bem como traumatismos que afetam a circulação local também podem ocasionar osteonecrose asseptica.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O que e apraxia?

È uma desordem neurológica que se caracteriza por provocar uma perda da habilidade para executar movimentos e gestos precisos, apesar do paciente ter a vontade e a habilidade física para os executar. Resulta de disfunções nos hemisférios cerebrais, sobretudo do lobo parietal. Caracteriza-se, mais especificamente, na diminuição da capacidade para executar actividades motoras apesar das capacidades motoras, a função sensorial e a compreensão da tarefa requerida estarem intactas. Leva à diminuição das capacidades de pantomima da utilização de objectos (por exemplo, escovar o cabelo)e da capacidade de execução de atos motores conhecidos (por exemplo, acenar em adeus).
A apraxia é uma patologia provocada por lesões cerebrais tais como acidentes, tumores, etc.
O termo “apraxia” foi usado pela primeira vez em 1871 por Steinthal. Não existe uma definição universal para o termo, mas Rothi e Heilman sugerem que seja definido como uma alteração neurológica da capacidade de movimento apreendido e proposicional que não possa ser explicado por defeitos elementares da motricidade nem dos sistemas sensoriais.
A apraxia ideativa corresponde à ideomotora, mas o desempenho não melhora com a presença do objecto nem com a imitação. É como se todos os esquemas de programação motora estivessem perdidos. Este tipo de apraxia é comum na demência. A apraxia buco-facial corresponde à incapacidade de realizar movimentos com os músculos da face e da boca. Este tipo acompanha muitas vezes os quadros afásicos, sendo possível que os mecanismos que sustentam estes movimentos partilhem algumas funções com as da linguagem. O mesmo já não acontece nas apraxias, que se torna evidente nos membros em que a lateralidade se correlaciona mais com a sua presença. A apraxia de marcha, como o nome indica, corresponde à impossibilidade de realizar os movimentos necessários para andar. Estes doentes, são capazes de cruzar as pernas quando estão sentados, de bater com os pés no chão alternadamente, de fazer movimentos de bicicleta quando estão deitados, mas não conseguem realizar os movimentos necessários para progredir na marcha. A apraxia do vestir surge com muita frequência nos casos de demência. O doente deixa de saber a sequência correta com que se vestem as diferentes peças de roupa. Pode, por exemplo, vestir a camisa por cima do casaco. Muitas vezes, tenta vestir peças de roupa de forma errada, tenta enfiar a perna na manga do casaco e, noutras ocasiões, pode usar múltiplas peças de roupa repetidas, por exemplo, três pares de meias.
Causas
A apraxia ideomotora é quase sempre causada por lesões no hemisfério cerebral dominante da linguagem (geralmente o esquerdo), e estes pacientes frequentemente têm afasia concomitante, especialmente do tipo de Broca ou de condução. A afasia ideomotora lateral esquerda pode ser causada por uma lesão do corpo caloso anterior.
A apraxia ideacional é geralmente associada com estados de confusão e demência.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PIGMENTAÇAO

PIGMENTAÇÃO ENDÓGENA

"Pigmentação por pigmentos produzidos dentro do corpo".
pigmentação endógena pode ser dividida em dois grupos: grupo dos pigmentos hemáticos ou hemoglobinógenos, oriundos da lise da hemoglobina, e grupo dos pigmentos melânicos, originados da melanina.


PIGMENTOS HEMÁTICOS OU HEMOGLOBINÓGENOS
Esses pigmentos se originam da hemoglobina, proteína composta por quatro cadeias polipeptídicas e quatro grupos heme com ferro no estado ferroso (Fe++). Sua porção protéica é chamada de globina, consistindo de duas cadeias alfa e duas beta (as cadeias alfa têm forma helicoidal). A lise dessa estrutura origina os pigmentos denominados de hemossiderina e bilirrubina.


Hemossiderina: resultado da polimerização do grupo heme da hemoglobina, a hemossiderina é uma espécie de armazenagem do íon ferro cristalizado. Este se acumula nas células, principalmente do retículo endotelial. É originada da lise de hemácias, de dieta rica em ferro ou da hemocromatose idiopática (alteração da concentração da hemoglobina nos eritrócitos).Sua cor é amarelo-acastanhado.
Porfirinas: pigmento originado semelhantemente à hemossiderina, sendo encontrado mais na urina em pequena quantidade. Quando há grande produção deste, pode ocasionar doenças denominadas de "porfirias".




Hematoidina em cápsula fibrosa de baço. Observa-se um pigmento mais amarelado, originando cristais com um núcleo central bem nítido, diferentemente da hemossiderina; compare com a foto anterior (HE, 200X).
Bilirrubina: é o produto da lise do anel pirrólico, sem a presença de ferro. Conjugada ao ácido glucurônico pelo hepatócito, a bilirrubina torna-se mais difusível, não se concentrando nas células que fagocitam hemáceas, o que provoca um aumento generalizado desse pigmento, denominado de icterícia. Tem sua origem nos casos de lise hemática, de doença hepatocítica ou de obstrução das vias biliares. Acredita-se, hoje, que a bilirrubina seja originada da hematoidina, pigmento que se cristaliza próximo às hemácias rompidas.
Hematoidina: pigmento de coloração mais amarelada que a hemossiderina, apresentando granulação sob a forma de cristais bem nítidos. Também não possui ferro, semelhantemente à bilirrubina. Forma-se em locais com pouco oxigênio.

Esses pigmentos são naturalmente encontrados no organismo. Heterotopias ou heterometrias envolvidas com a produção deles, entretanto, indicam que há alguma alteração no metabolismo das hemácias ou dos hepatócitos, respectivamente para a hemossiderina e bilirrubina.


PIGMENTOS MELÂNICOS
Produzida por melanoblastos, a melanina tem cor castanho-enegrecida, sendo responsável pela coloração das mucosas, pele, globo ocular, retina, neurônios etc. O processo de síntese da melanina é controlado por hormônios, principalmente da hipófise e da supra-renal, e pelos hormônios sexuais. Casos de alterações nessas glândulas podem acarretar em aumentos generalizados da melanina. Exposições aos raios ultra-violeta também provocam esses efeitos.




Os aumentos localizados da melanina podem se manifestar sob as seguintes formas:
Nevus celulares: localização heterotópica dos melanoblastos (camada basal da epiderme).Os nevus podem ser planos (ditos juncionais) ou elevados (dérmicos ou intradérmicos).
Melanomas: manchas escuras, de natureza cancerosa. Há o aumento da quantidade de melanócitos, os quais encontram-se totalmente alterados, originando esse tumor maligno. Em geral, os melanomas são destituídos de pigmentação melânica devido à natureza pouco diferenciada do melanócito.
Efélides ou Sardas: hiperpigmentação na membrana basal causada por melanoblastos.
Mancha mongólica: mancha clara, principalmente na região do dorso e sacra


Como diminuição localizada da pigmentação melânica tem-se:
Vitiligo: comum nas mãos; causada pela diminuição da quantidade de melanócitos produtores de pigmento na epiderme, manifestando-se clinicamente como manchas apigmentadas.
Albinismo: forma recessiva e autossômica; localizada principalmente na região do crânio; os melanócitos encontram-se em número normal, mas não produzem pigmento.