quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Gota

Gota é uma doença caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue, o que leva a um depósito de cristais de monourato de sódio nas articulações. É este depósito que gera os surtos de artrite aguda secundária que tanto incomodam seus portadores.
É importante saber que nem todas as pessoas que estiverem com a taxa de ácido úrico elevada (hiperucemia) serão portadoras de gota (somente 20% dos hiperucêmicos desenvolverão a doença). A maioria dos portadores de gota é composta por homens adultos.
Causas
·Ausência congênita de um mecanismo enzimático responsável pela excreção do ácido úrico pelos rins. Sem a eliminação adequada, há um aumento da concentração desse ácido no sangue;
·Produção excessiva de ácido úrico pelo organismo devido a um “defeito” enzimático. Neste caso, a pessoa produz uma grande quantidade de ácido úrico e os rins não conseguem eliminá-la. Esta causa é menos comum.
·Alguns medicamentos como diuréticos e o ácido acetil salicílico podem levar à diminuição da excreção renal do ácido úrico.

Sintomas
Na maioria das vezes, o primeiro sintoma é um inchaço do dedo grande do pé acompanhado de dor forte. A primeira crise pode durar de 3 a 10 dias, e após este período o paciente volta a levar uma vida normal, o que geralmente faz com que ele não procure ajuda médica imediata.
Uma nova crise pode surgir em meses ou anos e comprometer a mesma ou outras articulações. Geralmente as crises de artrite aparecem nos membros inferiores, mas pode haver comprometimento de qualquer articulação.
Sem tratamento, o intervalo entre as crises tende a diminuir e a intensidade a aumentar.
O paciente que não se trata pode ter suas articulações deformadas e ainda apresentar depósitos de cristais de monourato de sódio em cartilagens, tendões, articulações e bursas.

Blefarite

Inflamação das bordas da pálpebra. A blefarite tem múltiplas causas, mas é normalmente provocada por: dermatite seborréica, infecção bacteriana ou a combinação de ambas, alergias ou infestação com piolhos (nos cílios). A doença é caracterizada pelo excesso de produção de óleo nas glândulas próximas à pálpebra, criando um ambiente favorável para o crescimento de bactérias. As pálpebras ficam vermelhas e irritadas, com escamas que aderem à base dos cílios. A blefarite pode ser a associada a episódios repetidos de terçol e calázia.

Sintomas:

pálpebras avermelhadas e crostas
pálpebras inchadas
pálpebras coçando e ardendo
sensação de presença de grãos ao piscar
perda dos cílios
olhos vermelhos
dor ocular

Embolia arterial

A embolia é uma condição na qual um coágulo (ou um pedaço de placa que age como um coágulo) viaja do lugar onde se formou para um novo local no corpo. Nesse novo local o coágulo pode se alojar em uma artéria e bloquear o fluxo sangüíneo. Esse bloqueio priva os tecidos locais do recebimento de seu fluxo sangüíneo normal e de oxigênio (isquemia), condição essa que pode causar danos ou destruir, e até matar, os tecidos daquele órgão (necrose).

A embolia arterial pode ser causado por um único êmbolo, ou por muitos. Os riscos incluem a ocorrência de fibrilação atrial, porque o fluxo sangüíneo passando pelos átrios pode ser lento o bastante para desencadear a formação de coágulos, que então podem viajar pela corrente sangüínea. Os fatores que indicam uma tendência maior para a formação de coágulos também podem estar associados a um risco maior. Entre esses fatores estão: lesão ou dano a uma parede arterial, condições hematológicas (componentes do sangue) associadas a um aumento de coagulação (como a contagem plaquetária aumentada) e outros distúrbios.

A embolia arterial pode envolver as extremidades, especialmente as pernas e pés. Alguns quadros envolvem o cérebro ou o coração, causando um derrame cerebral ou um ataque cardíaco. Os locais menos comuns para a ocorrência de embolismo são os rins, os intestinos e outras áreas.

Verrugas

As verrugas são uma doença infecciosa de baixa infectabilidade causada por um vírus. Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas são vistas com maior freqüência nas mãos, pés e rosto (áreas de contato freqüente). As verrugas podem ser denominadas de acordo com a localização no corpo e aparência. Na sola dos pés são chamadas de verrugas plantares. Em volta e sob as unhas das mãos ou dos pés são chamadas de periungueais ou subungueais, respectivamente. Verrugas comuns nas mãos, pernas e em outras lugares são verrugas vulgares, mas freqüentemente chamadas apenas de verrugas comuns. Verrugas planas, numerosas e muito pequenas (do tamanho da cabeça de um alfinete) vistas com freqüência em grande número no rosto de crianças, na testa, braços e pernas são chamadas verrugas planas juvenis. Essas são vistas com menos freqüência em adolescentes e raramente em adultos.

A verruga típica é uma protuberância áspera, redonda ou oval que se levanta da pele e pode ser mais clara ou mais escura que a pele em volta, da cor da pele ou até mesmo (raramente) preta. A maioria dos pais está familiarizada com a aparência normal de uma verruga típica e não tem problemas em diagnosticar essa condição. Verrugas com uma superfície lisa e as verrugas pequenas e lisas em crianças podem causar alguma dificuldade em serem diagnosticadas pelos pais. As verrugas comuns não causam nenhum desconforto a menos que estejam em áreas de traumas repetidos.

As verrugas plantares não são diferentes das comuns mas, devido à localização na sola dos pés, podem se tornar extremamente doloridas. Um grande número de verrugas plantares nos pés pode causar dificuldade para andar ou correr e podem ser debilitantes.

As verrugas ao redor e embaixo das unhas são similares às verrugas comuns, mas muito mais difíceis de se curar.

A verruga comum pode desaparecer de forma espontânea, freqüentemente dentro de 2 anos após o seu aparecimento. Uma vez que as pessoas geralmente consideram as verrugas desagradáveis, parecendo haver um estigma social (entre as crianças em idade escolar) associado com o fato de se ter verrugas, os pais freqüentemente procuram tratamento. O tratamento de verrugas melhorou muito nos últimos 10 anos mas, mesmo com tratamento eficaz, é comum haver recorrência.

Obstrução biliar

É Bloqueio de qualquer ducto que carrega bile do fígado para a vesícula biliar ou da vesícula biliar para o intestino delgado. A bile é um líquido secretado pelo fígado que contém colesterol, sais biliares e produtos a serem eliminados, como a bilirrubina. Os sais biliares ajudam na digestão das gorduras. A bile sai do fígado por meio do ducto biliar, se concentra e é armazenada na vesícula biliar até ser liberada dentro do intestino delgado, após a ingestão de alimentos, para ajudar na digestão de gorduras. Quando ocorre uma obstrução, a bile se acumula no fígado, e uma icterícia (cor amarela da pele) se desenvolve, devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue.

Entre as causas de obstrução incluem-se cálculos biliares, tumores dos ductos biliares ou do pâncreas, outros tumores que tenham se propagado para o sistema biliar, traumas incluindo lesões por cirurgia da vesícula biliar, cistos do colédoco, nódulos dilatados na porta hepática e inflamação dos ductos biliares. A incidência é de 5 casos em cada 1.000 pessoas. Os fatores de risco incluem ter uma história clínica de colelitíase, pancreatite crônica, câncer pancreático, cirurgia biliar recente ou câncer biliar (como câncer do ducto

Nódulos nas mamas

Há muitas causas para os nódulos na mama, incluindo as descobertas fisiológicas normais. Alguns nódulos estão relacionados à idade. Os recém-nascidos, tanto do sexo feminino quanto do masculino, têm nódulos de tecido mamário dilatado abaixo do mamilo, que foi estimulado pelos hormônios maternos. Esses nódulos desaparecem depois de alguns meses do nascimento.

A partir dos 8 anos, as meninas podem desenvolver nódulos sensíveis abaixo de um ou dos dois mamilos (freqüentemente apenas um). Esses nódulos são protuberâncias mamárias e são um dos primeiros sinais do início da puberdade. Os meninos na puberdade intermediária (normalmente por volta dos 14 a 15 anos) podem desenvolver nódulos sensíveis abaixo de um ou dos dois mamilos, também em resposta às alterações hormonais da puberdade. Esses nódulos tendem a desaparecer em um período de 6 meses a 1 ano. Também é importante lembrar que as alterações hormonais no período próximo à menstruação podem provocar uma sensação de que há nódulos ou grânulos no tecido mamário.

Nem todos os nódulos na mama de mulheres adolescentes e adultas são câncer, embora a descoberta de um nódulo sempre nos faça pensar, de imediato, em câncer. É importante lembrar que 80% a 85% de todos os nódulos da mama são benignos, especialmente em mulheres com menos de 40, 50 anos. As causas do nódulo benigno incluem alterações de mama fibrocística, fibroadenoma, necrose de gordura (dano a uma parte do tecido adiposo dentro da mama) e abscesso mamário.

Febre reumática

Uma doença imune sistêmica que pode se desenvolver após uma infecção por estreptococos (como infecção da garganta por estreptococos e escarlatina). A doença envolve o cérebro, coração, articulações e a pele.

A febre reumática é causada por uma infecção recente (normalmente em 1 a 5 dias) por estreptococos, bem como pode ocorrer com uma infecção da garganta por estreptococos e escarlatina. Não é comum nos Estados Unidos, exceto em pessoas não-tratadas que tenham infecções por estreptococos. Pode ocorrer em adultos e crianças, mas é mais comum em crianças entre 5 a 15 anos. A febre reumática está associada ao desenvolvimento da doença da válvula e outras doenças cardíacas.

Alergia alimentar

Sintomas que aparecem devido a uma resposta imune e que são desencadeados por certos alimentos. Normalmente, a resposta imune defende contra substâncias potencialmente nocivas, como bactérias, vírus e toxinas. Ocasionalmente, uma resposta imune é desencadeada por uma substância (alérgeno), que geralmente não é nociva, e a pessoa desenvolve uma alergia.

A causa das alergias alimentares não é totalmente compreendida, pois elas podem produzir uma grande variedade de sintomas. É difícil de se avaliar a incidência, pois as notificações são esporádicas. As reações a alimentos podem variar de brandas a fatais, dependendo do tipo e da gravidade da reação.

A alergia alimentar é comum. O sistema imune libera anticorpos e substâncias, incluindo a histamina, em resposta à ingestão de alimentos ou componentes de alimentos específicos. Os sintomas podem estar localizados no estômago e intestinos ou podem envolver muitas partes do corpo, após a comida ser digerida ou absorvida. Os sintomas costumam se iniciar imediatamente, raramente aparecendo mais de 2 horas após a ingestão do alimento.

As alergias alimentares se assemelham, com freqüência, a outras condições, como a intolerância a alimentos, (provocada pela falta da enzima necessária para digerir aquele alimento), a síndrome do intestino irritável, a resposta ao estresse físico ou emocional, a contaminação de alimentos por toxinas (intoxicação alimentar) e outros distúrbios. A alergia alimentar é diferenciada da intolerância alimentar e de outros distúrbios, pela produção de anticorpos e pela liberação de histamina e substâncias semelhantes.

Delírio

Condição de confusão grave e rápidas alterações na função cerebral, geralmente como resultado de doenças físicas ou mentais tratáveis.

O estado confusional agudo geralmente é resultante de uma doença física ou mental e, normalmente, é temporário e reversível.

O delírio consiste em uma alteração rápida entre estados mentais (por exemplo, da letargia à agitação e de volta à letargia) com interrupção da atenção, pensamento desorganizado, desorientação, alterações na sensação e percepção, além de outros sintomas.

Os distúrbios que causam o delírio são numerosos e variados. Eles podem incluir condições que privam o cérebro de oxigênio ou de outras substâncias. O delírio pode ser causado por doenças dos sistemas do corpo (que não seja o cérebro) como envenenamento, líquido/eletrólito ou ácido/base, assim como por outras condições sérias e agudas.

Quinta doença

Doença viral aguda caracterizada por sintomas leves e erupção com manchas que começa nas bochechas e se espalha para os membros.

A quinta doença é causada pelo agente humano parvovírus B19. Ocorre com mais freqüência durante a primavera com surtos localizados em crianças em idade pré-escolar ou escolar e adolescentes. É disseminada pelas secreções respiratórias, e o período de incubação é de 12 dias. A duração da doença geralmente é de cinco dias. No entanto, a erupção pode recorrer por várias semanas e ser induzida por exposição ao sol, calor, exercício, febre ou estresse emocional.

O eritema infeccioso geralmente começa com bochechas vermelhas que produzem uma aparência de "tapa na cara". Depois disso, aparecem erupções nos membros e no tronco. A erupção começa a esvanecer pelo centro, dando uma aparência rendada (reticulada) à erupção, e desaparece dentro de uma ou duas semanas. A doença raramente está associada com febre.

Acredita-se que o parvovírus B19 cause outras doenças. Em adultos saudáveis, ele pode ser responsável por artrite infecciosa (particularmente em mulheres). Em indivíduos com AIDS (ou outras pessoas imunodeprimidas), esse vírus pode causar uma anemia profunda. Essa forma de anemia é chamada "crise aplástica transitória".

Febre Q

É uma doença infecciosa adquirida de animais que causa pneumonia. A forma inicial ocorre como febre Q precoce e também existe a forma crônica ou recorrente, chamada febre Q tardia.

A febre Q é causada pelo organismo Coxiella burnetii, que vive principalmente em animais domésticos (vacas, ovelhas, cabras), gatos, animais selvagens e carrapatos.

Os seres humanos contraem a doença após o contato com materiais contaminados (materiais que foram contaminados com as fezes, sangue, placenta dos animais), após inalar poeira ou gotas contaminadas, ou após a ingestão de alimentos contaminados ou leite cru (sem pasteurização).

Na etapa inicial da doença podem aparecer hepatite ou pneumonia. A febre Q tardia envolve recorrência ou persistência da infecção inicial; embora em casos raros, ela pode causar complicações graves, incluindo doença da válvula aórtica (e endocardite subseqüente).

Hemorróida

O termo hemorróidas refere-se à condição na qual as veias ao redor do ânus ou reto inferior ficam inchadas e inflamadas. Hemorróidas podem ser resultado de esforço para evacuar. Outros fatores que contribuem para a hemorróida são gravidez, constipação crônica, diarréira e intercurso anal. A hemorróida pode ser dentro do ânus (interna) ou abaixo da pele ao redor do ânus (externa).
Embora muitas pessoas tenham hemorróidas, nem todas experimentam sintomas. O sintoma mais comum da hemorróida interna é sangue vermelho vivo cobrindo as fezes, sobre o papel higiênico, ou na privada. Porém, uma hemorróida interna pode projetar-se através do ânus para fora do corpo, ficando irritada e dolorida. Sintomas da hemorróida externa podem incluir inchaço doloroso ou protuberância dura ao redor do ânus resultante do coágulo sangüíneo. Essa condição é chamada de hemorróida externa trombosada. Adicionalmente, o excesso de esforço e atrito ao redor do ânus podem causar irritação com sangramento e/ou coceira, o que provoca um ciclo vicioso de sintomas. Hemorróidas geralmente não são perigosas ou requerem tratamento para toda a vida. Na maioria dos casos, os sintomas da hemorróida somem em poucos dias.

Sarcoma de Ewing

O sarcoma de Ewing ocorre durante o período de crescimento ósseo rápido, geralmente na puberdade. É raro em crianças com menos de 10 anos. O tumor pode aparecer nos ossos longos das extremidades, mais freqüentemente no fêmur (osso da coxa) ou na pélvis. Pode também se desenvolver no crânio ou nos ossos planos do tronco. Quase nunca se vê esse tipo de tumor em crianças negras.

Os sintomas clínicos são poucos. O mais comum é dor e, ocasionalmente, inchaço no local do tumor. Pode haver também febre e, quando isso ocorre, é sinal de prognóstico desfavorável. O tumor se espalha facilmente (metástase), freqüentemente para os pulmões e outros ossos. Na ocasião do diagnóstico, constata-se a metástase em aproximadamente 1/3 das crianças.

Leucemia linfóide aguda

Doença maligna de caráter progressivo caracterizada por elevado número de glóbulos brancos imaturos com aparência de linfoblastos, que podem ser encontrados no sangue, na medula óssea, nos lifonodos, no baço e em outros órgãos.

A leucemia linfóide aguda (LLA) é responsável por 80% das leucemias agudas na infância, com o pico de incidência entre os 3 e os 7 anos de idade. A LLA também ocorre em adultos, onde compreende 20% do total das leucemias. Nas leucemias agudas, as células malignas perdem a capacidade de maturação e de especialização (diferenciação) das funções. Estas células se multiplicam rapidamente, repõem as células normais da medula óssea e causam insuficiência da medula óssea. A redução no número normal das células do sangue torna a pessoa mais susceptível à infecção e ao sangramento.

A maioria dos casos de leucemia não apresenta causa aparente, contudo, acredita-se que a radiação, algumas toxinas como o benzeno, alguns agentes quimioterápicos e as anormalidades cromossômicas possam contribuir para o seu aparecimento. Os fatores de risco incluem: síndrome de Down, irmão com leucemia, exposição à radiação, agentes químicos e drogas. A incidência é de 6 em 100 mil pessoas.

Terçol

O terçol é uma infecção do folículo do cílio causada por uma bactéria, causando a formação de uma úlcera semelhante a uma espinha ou um furúnculo na borda da pálpebra. Podem aparecer mais de um terçol ao mesmo tempo, pois a bactéria pode se disseminar para outros folículos. O terçol normalmente se desenvolve no período de um ou dois dias e, em geral, ele se enche de pus que depois é drenado de forma espontânea. A formação de um nódulo na pálpebra pode ser um terçol ou uma calázia.

Os sintomas são: inchaço doloroso na pálpebra; lacrimejamento do olho; sensação de um corpo estranho; visão embaçada; pequena protuberância avermelhada próxima aos cílios e dor ocular.

Nefropatia de refluxo

A nefropatia de refluxo ocorre quando há uma deficiência nos mecanismos que normalmente funcionam como uma válvula unidirecional entre os ureteres e a bexiga, o que permite que a urina reflua pelo ureter diretamente até o rim. Se a bexiga estiver infectada, ou a urina apresentar bactérias, isto expõe o rim à possibilidade de uma infecção (pielonefrite). Além disso, a pressão na bexiga geralmente é mais alta que a do rim, especialmente durante a micção. Isto expõe o rim a pressões particularmente altas, comprometendo-o com o passar do tempo por escaras cicatriciais.

O refluxo pode ocorrer quando os ureteres penetram apenas uma pequena distância para dentro da parede da bexiga, antes de se abrirem dentro dela. Normalmente a pressão da urina na bexiga mantém os canais bem fechados, porém, se os canais da parede da bexiga são curtos ou estão ausentes, a pressão dentro dela força a urina a refluir para o ureter.

O refluxo pode estar associado a outras condições, incluindo infecções vesicais, cálculos vesicais, obstrução da saída vesical, bexiga neurogênica, ureteres anormais, ou número anormal de ureteres.

A nefropatia de refluxo pode não apresentar quaisquer sinais óbvios. O refluxo geralmente é descoberto quando se realiza uma avaliação radiológica de uma criança com infecções vesicais repetidas ou suspeitas. Caso seja identificado o refluxo, os irmãos da criança também devem ser avaliados, visto que esta condição pode ter um histórico familiar.

O grau de refluxo, geralmente separado em cinco categorias diferentes, pode ajudar a determinar a forma como a condição deve ser tratada. O refluxo simples, sem maiores complicações, geralmente se enquadra na categoria de Grau I ou II.

A nefropatia de refluxo também pode ser ocasionada por tumefação temporária após um reimplante cirúrgico de ureteres durante um transplante de rim, ou em decorrência de trauma do ureter.

A nefropatia de refluxo ocorre em cerca de 1 em cada 1.000 pessoas, e por ser suficientemente grave, pode causar o distúrbio em aproximadamente 4 em cada 10.000 pessoas. A nefropatia de refluxo pode levar à insuficiência renal crônica e à doença renal em estágio final. Os sintomas podem não estar presentes se apenas um rim for afetado, ou podem ser os mesmos apresentados nas infecções do trato urinário, síndrome nefrótica, ou insuficiência renal crônica.

Os fatores de risco incluem um histórico pessoal ou familiar de refluxo, anomalias congênitas e infecções recorrentes do trato urinário.

Bebê de mãe diabética

Um bebê de mãe diabética é, por definição aquela criança nascida de mãe portadora de diabetes, mas se refere especificamente ao bebê cuja mãe apresenta persistentemente, níveis elevados de açúcar no sangue (glicose).

O nível elevado de açúcar em gestantes pode provocar certos achados consistentes em suas crianças. Os bebês de mães diabéticas são em geral, maiores em tamanho, com sistemas orgânicos grandes. Essas crianças podem sofrer um episódio de hipoglicemia logo após o nascimento, pelo aumento de produção fetal de insulina (uma substância que transporta a glicose da corrente sangüínea para os tecidos do corpo), em resposta ao elevado nível de açúcar no sangue materno. Este quadro exige um controle cuidadoso dos níveis de açúcar presentes no sangue dessas crianças. De modo geral, existe uma probabilidade maior de que mães diabéticas abortem ou dêem à luz um natimorto.

A prevenção do BMD clássico, ou "bebê de mãe diabética", exige o acompanhamento da mãe diabética ou com diabetes gestacional durante toda a gestação. O controle satisfatório da glicose no diabetes já existente, e o reconhecimento precoce do quadro de diabetes gestacional podem evitar muitos dos problemas associados aos filhos de mães diabéticas. O controle cuidadoso do bebê nas primeiras 24 horas após o nascimento pode evitar as complicações decorrentes da hipoglicemia.

Acalasia

É o distúrbio do esôfago caracterizado pela redução da habilidade em transportar alimentos pelo esôfago e pela inabilidade do esfíncter esofágico inferior em relaxar, em resposta ao processo de deglutição.
Esse distúrbio é caracterizado pela perda das contrações em onda dos músculos lisos que forçam a comida através do trato digestivo (peristalse). Essa condição também inclui espasmos da válvula (esfíncter) que liga o esôfago ao estômago por falta de relaxamento e pela falta de estimulação nervosa do esôfago. As causas incluem danos aos nervos do esôfago, infecções por parasitas e fatores hereditários. A acalasia pode ocorrer em qualquer idade, mas aumenta em freqüência com o avanço da idade. A incidência é de 2 casos em cada 10.000 pessoas.

Os sintomas são: dificuldade para engolir líquidos e sólidos
regurgitação do alimento; dor no peito que aumenta após a ingestão de alimentos
pode irradiar-se para as costas, pescoço e braços; perda de peso; vômito com sangue; azia; escorrimento de saliva e tosse.

Abscesso anorretal

É o acúmulo de pus na região anal ou retal. A infecção de uma fissura anal (fenda ou corte), as doenças sexualmente transmissíveis e o bloqueio das glândulas anais são causas de abscesso anorretal. Os abscessos podem ocorrer em uma área de fácil acesso para drenagem ou na parte mais interna do reto. Os abcessos retais profundos podem ser causados por doenças intestinais, como doença de Crohn ou diverticulite.

Os abscessos perianais superficiais são comuns em bebês e crianças que ainda usam fraldas e têm antecedentes de fissura anal. O abscesso geralmente aparece como um inchaço avermelhado, doloro e proeminente ao redor do ânus. O bebê pode estar agitado pelo desconforto, mas geralmente não há outros sintomas sistêmicos associados. A drenagem cirúrgica e antibióticos trazem alívio imediato.

Pancitopenia

A pancitopenia é a diminuição global de elementos celulares do sangue (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas). Trata-se de uma situação na qual o indivíduo apresenta uma hemoglobina menor que 10, leucócitos menores que 3500 ou neutrófilos abaixo de 1000, e contagem plaquetária menor que 100.000 (necessariamente os três eventos juntos). É um dos efeitos secundários normalmente associado à quimioterapia.
Sua causa geralmente é devida a doenças que afetam a medula óssea, embora a destrição periférica de todas as linhas de elementos sangüíneos no hiperesplenismo (baço super-ativo) é uma causa reconhecida. Problemas da medula óssea resultando em pancitopenia incluem mielofibrose, leucemia, anemia aplastica, e uma forma maligna de osteoporose. A quimioterapia para doenças malignas tanmbém pode ocasionar a pancitopenia, se a droga ou drogas utilzadas causarem supressão da medula óssea. O HIV também pode ser uma causa de pancitopenia. Raramente drogas como antibióticos, medicamentos para pressão arterial e para o coração podem causar pancitopenia. O antibiótico Linezolid pode causar pancitopenia em alguns indivíduos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

TRASTORNO BIPOLAR.


O transtorno afetivo bipolar é uma doença que se refere ao humor ou afeto. A característica do transtorno afetivo bipolar é a alteração do humor com episódios depressivos e maníacos no decorrer da vida.

Os sintomas do TAB são estáveis, porém é uma doença que apresenta uma complexidade e um quadro clínico diverso.

Alguns dos sintomas da fase maníaca são: hiperatividade, sentimento de grandeza, sentimento de alegria e bem estar inabaláveis, necessidade de sono diminuída, comportamento sexual desinibido e promíscuo. Já na fase depressiva, a pessoa apresenta sentimentos de tristeza, desespero e auto-estima baixa.

A característica fundamental do Transtorno Bipolar é assinalada pelo acontecimento de um ou mais Episódios Maníacos ou Episódios Mistos.

As causas do TAB podem estar relacionadas à hereditariedade, traumas, acontecimentos fortes, como mudança e morte.

O tratamento é feito com lítio e anticonvulsivantes, como o tegretol e o trilpeptal. Os antipsicóticos são usados temporariamente, durante as fases intensas de mania.

falando um pouco mais de GASTRITE


A gastrite é uma doença inflamatória que se caracteriza por acometimento da camada de tecido mais superficial que reveste o estômago, chamada de mucosa gástrica. Essa inflamação desenvolve-se como uma resposta normal do organismo quando ocorre uma agressão à sua integridade. Entretanto, essa resposta normal pode levar ao desenvolvimento de sinais e sintomas característicos dessa doença. A agressão que desencadeia o processo pode ser aguda ou crônica e, de acordo com seus tipos, podemos classificar as diversas formas de gastrite."


O estômago é um órgão de extrema importância para o processo de digestão dos alimentos. Nele, encontramos vários tipos de células com diferentes funções. Algumas produzem enzimas que ajudam na quebra dos alimentos e outras produzem ácido clorídrico, que é responsável pelo ambiente ácido característico desse órgão. Normalmente, há produção de um muco que reveste internamente a parede do estômago, protegendo as células da agressão pelo ácido.
O que causa a gastrite?
A gastrite pode ser causada por diversos fatores diferentes.

Helicobacter pylori: essa bactéria tem a capacidade de viver dentro da camada de muco protetor do estômago. A prevalência da infecção por esse microorganismo é extremamente alta, sendo adquirida comumente na infância e permanecendo para o resto da vida a não ser que o indivíduo seja tratado. A transmissão pode ocorrer por duas vias: oral-oral ou fecal-oral. A gastrite não é causada pela bactéria em si, mas pelas substâncias que ela produz e que agridem a mucosa gástrica, podendo levar a gastrite, úlcera péptica e, a longo prazo, ao câncer de estômago.
Aspirina: uso de aspirina e de outros antiinflamatórios não-esteróides podem causar gastrite porque levam à redução da proteção gástrica. Importante ressaltar que esses medicamentos só levam a esses problemas quando usados regularmente por um longo período. O uso de corticóide por longo período também pode levar a gastrite.
Álcool: pode levar à inflamação e dano gástrico quando consumido em grandes quantidades e por longos períodos.
Gastrite auto-imune: em situações normais, o nosso organismo produz anticorpos para combater fatores agressores externos. Em algumas situações, entretanto, pode haver produção de anticorpos contra as próprias células do organismo, levando a vários tipos de doenças (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, diabetes mellitus tipo 1). Na gastrite auto-imune, os anticorpos levam à destruição de células da parede do estômago, reduzindo a produção de várias substâncias importantes. O câncer de estômago também pode ocorrer a longo prazo.
• Outras infecções: a gastrite infecciosa pode ser causada por outras bactérias que não o H. pylori, como por exemplo a bactéria da tuberculose e a da sífilis; pode também ser causada por vírus, fungos e outros parasitas.
• A gastrite aguda também pode ocorrer em pacientes internados por longo período em unidades de tratamento intensivo, em pacientes politraumatizados e em grandes queimados.

A gastrite pode ser completamente assintomática, principalmente nos casos crônicos. Na fase aguda, os sintomas são mais proeminentes. Comumente, os sintomas são:

• Desconforto na região superior do abdome: pode ser representado por dor ou apenas um desconforto. Alguns pacientes podem relatar dor em queimação; dor que melhora com a ingestão de alimentos.
• Náuseas e vômitos, geralmente acompanhando o desconforto.
• Saciedade precoce, ou seja, sensação de empachamento logo após a alimentação. Esse sintoma pode levar à redução e perda de apetite.
• Se a gastrite levar à formação de úlceras gástricas hemorrágicas, pode haver eliminação de sangue digerido, nas fezes (que ficam escuras) ou nos vômitos.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da gastrite é direcionado pela causa. Entretanto, alguns medicamentos são utilizados para a melhora dos sintomas enquanto se trata a causa específica. O paciente deve evitar o uso de medicamentos como a aspirina e outros antiinflamatórios não-esteróides, bebidas alcoólicas e cigarro.

• Comer em pequenas quantidades e várias vezes ao dia, evitando ficar sem alimentação por mais de 3 horas seguidas.
• Alimentar-se com calma, mastigando bem os alimentos, o que facilita o esvaziamento gástrico e a digestão.
• Evitar os famosos "fast-foods".
• Consumir bebidas alcoólicas com moderação, se possível evitar o consumo.
• Não há motivo para restrição dietética, mas se possível devem-se evitar ou reduzir a ingestão de alimentos muito gordurosos, frituras, doces concentrados, comidas muito condimentadas. Preferir refeições mais leves, de mais fácil digestão.
• O consumo de café e outras bebidas que contém cafeína não é contra-indicado se o paciente tolera bem essas bebidas.
• Outra questão importante é o cuidado com a higiene pessoal e dos alimentos, para reduzir a transmissão de agentes infecciosos.

APÊNDICITE


O apêndice é uma extensão tubular localizada no intestino grosso que não possui grande finalidade no organismo humano, já que produz quantidade insignificante de linfócitos. Quando o apêndice sofre um processo de inflamação provocado por restos fecais, parasitas intestinais, obstrução, cálculos da vesícula biliar, aumento dos gânglios linfáticos ou multiplicação de bactérias por causa de necroses, ocorre o que se chama de apendicite.


A apendicite resulta em dores abdominais, náuseas, vômito, febre, perda do apetite, diarréia e queimação. Após esses sintomas o médico pede exames como raio-x, hemograma, ecografia, tomografia computadorizada, exames de urina e outros. Se não detectada a tempo, a apendicite pode provocar perfuração do órgão, septicemia, abcesso bacteriano, trombose da veia porta e outros problemas que são mais complicados de serem tratados.


Normalmente utiliza-se a retirada do apêndice através de cirurgia no abdômen inferior para melhorar o quadro. A cirurgia pode ser feita de maneira convencional ou por laparoscopia. Antes e depois da cirurgia, o doente deve ingerir antibióticos para reverter o quadro inflamatório. Após a cirurgia pode haver prisão de ventre, o que deve apresentar melhoria com alimentos ricos em fibras, frutas, saladas e bastante água. A recuperação é tranqüila, porém se houver grande processo inflamatório deve-se realizar a drenagem. Nesse caso, o processo de cicatrização torna-se mais lento por causa da drenagem, pois periodicamente instrumentos são inseridos para coletar as secreções liberadas.

ACNE


Acne: doença de pele que acomete homens e mulheres na adolescência.

A acne é uma doença da pele freqüente na adolescência, quando os hormônios sexuais são excessivos, ocasionando um desequilíbrio nas glândulas sebáceas, aumentando a secreção de sebo. Esse excesso de sebo e o acúmulo de células mortas obstruem o poro da pele, o que por sua vez provoca o aparecimento de espinhas.
A acne acomete homens e mulheres, sua incidência é maior dos 14 aos 17 anos nas mulheres, e dos 16 aos 19 anos nos homens. Atingindo face, região anterior e posterior do tórax.
A acne apresenta graus variáveis e caracterizam-se por pápulas, pústulas, cravos, abcessos. Geralmente a doença se resolve na segunda década da vida, porém pode persistir após os 35 anos ou mais.
O quadro clínico pode ser dividido em quatro estágios: grau I, grau II, grau III e grau IV.
O grau I não apresenta espinhas, apenas cravos.
No grau II são manifestas espinhas, cravos e pequenas lesões inflamadas.
No grau III além dos sintomas do grau I e II podem ser observadas lesões mais profundas e muito inflamadas.
O grau IV possui grandes lesões e muita inflamação.
O tratamento pode ser realizado com medicações de uso local, para controle da proliferação bacteriana e da oleosidade. Medicamentos via oral como os antibióticos também são indicados para controle da infecção.
A isotretinóina é indicada em casos muito grave, ou resistentes aos outros tratamentos. Embora não seja a causa da acne, alguns alimentos como o chocolate, gorduras animais e castanhas oleaginosas, podem influenciar no curso da acne, agravando seus sintomas.
O tratamento deve ser orientado por um médico dermatologista.

AS HÈRNIAS



As hérnias da parede abdominal apresentam-se como protuberâncias ou saliências em várias regiões da parede do abdômen tais como a região umbilical, a região epigástrica, e as regiões inguinais, que são as mais frequentes. Existem outras hérnias da parede abdominal que são raras: lombares e perineais. Além destas existem as hérnias que ocorrem em incisões prévias da parede abdominal que são denominadas de hérnias incisionais.




As hérnias podem aumentar através dos anos e por vezes o seu conteúdo pode determinar a oclusão de segmentos de intestino que protui através destes orifícios, tornando-se uma urgência médica, cujo tratamento envolve riscos adicionais. Quando o portador de uma hérnia caminha, faz esforço físico excessivo, aumenta de peso, tem tosse crônica, em geral por tabagismo, a tensão aumenta no interior do abdomen ocasionando dor e favorecendo o aparecimento de complicações como o encarceramento e o estrangulamento da hérnia.



As hérnias inguinais são mais comuns em homens, mas podem se desenvolver também no sexo feminino, que em geral protui através do orifício femoral.
As hérnias incisionais, umbilicais e epigástricas ocorrem em ambos os sexos com predominância variável em diferentes populações. Como visto, então, a hérnia deve ser corrigida cirurgicamente o mais rápido possível.
A utilização de outros métodos, como o uso de "fundas", cintas, repouso e restrição física, é desaconselhável e são medidas apenas paliativas, temporárias e que aumentam os riscos de complicações no longo prazo. O único tratamento definitivo para as hérnias acima descritas é o tratamento cirúrgico especificamente indicado para cada tipo.

sábado, 21 de novembro de 2009

BRUXISMO


O bruxismo consiste no movimento involuntário dos músculos da mastigação, causando atrito entre os dentes. Estes deslocamentos ocorrem, geralmente, no período noturno, se manifestando como um esfregamento ou apertamento das arcadas dentárias. Dor, desconforto e desgaste dos dentes; aumento da sensibilidade nos dentes desgastados; ruído ou estalo articular e zumbido nos ouvidos são seus sintomas.


Ele ocorre em aproximadamente 15% das crianças, e em menos de 5% dos indivíduos adultos, indicando que, à medida que as pessoas envelhecem, estas taxas se reduzem. Sua prevalência é igual para ambos os sexos.


Além de atrapalhar o sono do indivíduo e de outras pessoas devido ao som que causa, estes movimentos podem causar dores locais e de cabeça, devido à contração de vários músculos da face, com força até 10 vezes maior do que a usada para mastigar alimentos mais duros, como a carne. O desgaste considerável do esmalte dos dentes, com comprometimento dos tecidos ao redor destes, articulações, vasos e nervos pode ocorrer, comprometendo, inclusive, a estética bucal.


O bruxismo ocorre em pessoas cuja arcada dentária ou dentes estão em conformação incorreta. Assim, o uso de aparelhos ortodônticos, orientação mastigatória, fisioterapia e ajustes na oclusão são as medidas mais utilizadas em seu tratamento. Distúrbios emocionais, como a ansiedade e estresse, intensificam o quadro, mas não são a causa.


Para diagnóstico, polissonografias (exames do sono) são, na maioria dos casos, necessárias, até mesmo para identificar o grau desses movimentos e para que sejam feitas as medidas terapêuticas mais adequadas.

GASTRITE


O que ingerimos é recebido pelo estômago, o qual funciona como uma bolsa. O estomago é forrado internamente por uma mucosa semelhante a que temos na boca, e a gastrite não é nada mais nada menos do que a inflamação dessa mucosa, e que muitas vezes gera diferentes significados para os médicos e leigos. Existem dois tipos de gastrite, a crônica e a aguda.

Causas:

Gastrite crônica: o agente mais comum causador é a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que é associada também a inúmeras doenças digestivas, a principal forma de transmissão é por via fecal-oral. Mais além deste fator, ela pode ser causada por várias formas.

Gastrite aguda: ela pode ser causada por uso de medicamentos, estresse, físico ou psíquico.

Sintomas :

A gastrite crônica geralmente não apresenta sintomas, no entanto a gastrite aguda tem os seguintes sintomas: perda de apetite, azia, vômitos e nauseas, dor e queimação no abdômen, fraqueza, etc.

Tratamento O tratamento irá variar, pois depende do agente causador dela. No caso da gastrite aguda o seu tratamento é associado ao uso de medicações antiinflamatórias. Já a gastrite crônica normalmente é feito com a administração de antibióticos e de bloqueadores da produção de ácido gástrico.

BÓCIO


Bócio é o termo que caracteriza o aumento de volume da glândula tireoidea. Por tal motivo, verifica-se um inchamento característico ou a formação de nódulos na região do pescoço de seus portadores. Tal fato faz com que o indivíduo tenha dificuldades para respirar e deglutir, além de tossir mais frequentemente.
Suas causas são variadas, mas todas elas estão relacionadas à ineficiência da secreção de seus hormônios, tanto excessiva quanto ineficiente: a falta de iodo (bócio endêmico), o uso de determinados medicamentos (bócio esporádico) e a presença de tumores na glândula são as principais.
O bócio decorrente da falta de iodo é registrado desde os tempos mais antigos, antes de Cristo, principalmente em regiões montanhosas e mais afastadas do mar. Atualmente, ocorre com menor frequência em razão da obrigatoriedade da adição de iodo no sal de cozinha.
Não há registros desta manifestação em populações indígenas e esta é mais frequente em mulheres de idade entre quarenta e cinquenta anos de idade.
O diagnóstico consiste na análise da história de vida do paciente e palpação da glândula, além de exames de sangue, a fim de verificar a dosagem do hormônio TSH; ultrassonografia e cintilografia. A punção biópsia por agulha fina (PAAF) é necessária para verificação de possível malignidade do bócio.

O uso de fármacos para controlar o funcionamento da glândula tireoidea e, em casos de tumor, a retirada desta, são medidas necessárias. É imprescindível o acompanhamento do médico, preferencialmente endocrinologista.

SINUSITE




O que é?
Sinusite é uma doença com base inflamatória e/ou infecciosa que acomete as cavidades existentes ao redor do nariz. Estas deveriam comunicar-se com as fossas nasais sem impedimentos! São cavidades revestidas por uma mucosa que necessita ventilação para a manutenção da normalidade na região.

Como se adquire?
Após infecção viral, inflamação de origem alérgica ou por poluentes, a mucosa da região nasal aumenta de volume e obstrui a comunicação destas cavidades com as fossas nasais. Esta obstrução acarreta o início da colonização por germes e fungos que estão presentes na região, mas não encontravam condições favoráveis ao seu crescimento.
O que se sente?
A doença pode gerar sensação de "peso na face", corrimento nasal, dores de cabeça, sensação de mau cheiro oriunda do nariz ou da boca e obstrução nasal com eventuais espirros.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através da história que o paciente relata, exame físico da região e de exames radiológicos eventualmente necessários.
Como se trata?
O tratamento é feito com analgésicos, medicamentos para melhorar a permeabilidade nasal e antibióticos específicos aos germes que forem encontrados na região. Trata-se com medicamentos antifúngicos as infecções fúngicas sinusais.
Como se previne?
O cuidado com a saúde para se evitar as infecções virais e a manutenção da permeabilidade nasal durante essas viroses; o correto tratamento dos problemas alérgicos; a correção cirúrgica de eventuais desvios septais obstrutivos e/ou cornetos nasais obstrutivos podem prevenir as sinusites.
Quem vive em regiões frias ou com grandes variações climáticas ao longo dos dias ou meses, deve tomar cuidados mais intensos pela propensão maior da doença

RINITE




O que é rinite?
Rinite é uma inflamação das mucosas do nariz. Várias pessoas têm a doença, cuja incidência é de 4 em cada 10 pacientes, tanto adultos quanto crianças.

As causas são várias: desde resfriados, produtos químicos, irritantes, até medicamentos e alergia.

Seus sintomas são muito parecidos entre todos os tipos, levando as pessoas a pensar que rinite é um resfriado que não passa ou uma ”sinusite” acompanhada de dor de cabeça crônica.
Você pode ter rinite quando:
- Tem vários espirros em sucessão, especialmente pela manhã;

- Seu nariz escorre e fica obstruído;

- Ocorrem irritação e coceira no nariz, nos olhos e no céu da boca;

- Seu olfato fica prejudicado;

- Tem dores de cabeça juntamente com outros sintomas destes já mencionados.
Os sintomas de todas as rinites são muito semelhantes:

geralmente ocorrem obstrução nasal (nariz entupido), prurido (coceira no nariz), rinorréia (nariz escorrendo) e espirros.

O indivíduo acredita estar sempre com resfriado, tem sensação de dor de cabeça (cefaléia) que aparece com as mudanças de temperatura e umidade e quando entra em contato com agentes alérgenos ou irritantes, como fumaça, produtos químicos ou perfumes.
Lugares frios e úmidos favorecem o aparecimento da rinite na medida que se usam mais cobertores e roupas de lã e o sol aparece por menos tempo

FARINGITE


A faringite é uma inflamação da garganta, na área situada entre as amígdalas e a laringe, onde se forma a voz (faringe). Em geral é conhecida como dor de garganta ou garganta arranhada. A faringite aguda pode ser causada por vírus ou bactérias. O contágio é por meio de secreções eliminadas pelas pessoas ao falar, tossir ou espirrar. A faringite crônica decorre de uma infecção respiratória sinusal ou da boca que se espalha para a faringe.
Alguns fatores como o cigarro, a poluição do ar e o excesso de álcool arranham a mucosa da garganta, causando a faringite.
Os sintomas da faringite são: garganta avermelhada, pus na garganta, dor de ouvido, dificuldade para engolir, respiração difícil, mal-estar e febre.
O tratamento da faringite consiste na utilização de analgésicos, antitérmicos e antibióticos, que deverão ser prescritos por um médico.
A faringite pode evoluir para infecções mais graves, como a meningite

OTITE MEDIA E AGUDA -INFLAMAÇÃO NO OUVIDO




O que é?
A otite média aguda é uma infecção no ouvido médio causada por um germe (bactéria). É muito comum nas crianças. O ouvido é dividido em 3 partes: externo, médio e interno. O ouvido médio é uma cavidade com ar localizada entre o tímpano e o ouvido interno. A tuba auditiva (trompa de Eustáquio), um canal de comunicação entre ouvido médio e nariz, tem a função de ventilação e limpeza.

Como se adquire?
A infecção no ouvido médio se faz através da tuba auditiva quando está com sua função prejudicada por inflamações ou obstruções, como acontece, por exemplo, nas alergias do nariz ou nas infecções da faringe (garganta). O germe (bactéria) presente na garganta migra pela tuba auditiva até o ouvido médio onde se multiplica nas secreções aí acumuladas, resultando uma otite média aguda. Também o vírus pode causar otite média. O risco de ocorrer uma infecção é maior se a tuba auditiva é pequena ou se não funciona de maneira eficiente, como acontece nas crianças pequenas. Também a criança que mama no peito ou toma mamadeira na posição deitada é mais propensa às otites porque a posição facilita a entrada de alimentos, sucos digestivos e germes na tuba auditiva.
A infecção do ouvido médio ocorre, na maioria das vezes, após gripe. É freqüente, também, através do contato com outras crianças. Surge também muitas vezes, durante as doenças infecciosas da infância, tais como sarampo.

Quais são os sintomas?
Os principais sintomas são dor e diminuição da audição. A dor costuma ser severa. Outros sintomas podem estar presentes: febre, inquietude, perda de apetite e secreção no ouvido se houver ruptura timpânica (perfuração do ouvido); vômitos e diarréia podem ocorrer nas crianças pequenas.

Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através da história e do exame otológico com otoscópio (aparelho específico para visualizar o ouvido) e/ou microscópio. Na otoscopia ou microscopia o médico verifica a coloração e situação da membrana timpânica, que costuma estar vermelha e abaulada na otite média aguda.

Como se trata?
O tratamento é feito com o uso adequado de antibióticos e analgésicos. Terminado o tratamento o médico verifica se o líquido da infecção que se acumulou atrás do tímpano está sendo reabsorvido e se a audição está voltando ao normal. A presença de líquido no ouvido médio interfere no mecanismo de condução do som, causando surdez. Caso o líquido e perda auditiva persistam por mais de três meses, pode ser necessário um tratamento cirúrgico que consiste em uma pequena abertura no tímpano e retirada do líquido acumulado no ouvido médio.

Como se previne?
Algumas medidas podem ser tomadas para diminuir a incidência de otites nas crianças:
-a alimentação deve ser feita, preferencialmente, com leite materno por causa da proteção que este confere contra a otite;
-as mães não devem amamentar com a criança deitada e sim inclinada;
-vacinar a criança contra a gripe anualmente a partir dos seis meses de idade;
-não fumar em casa, pois a fumaça do cigarro aumenta o risco de infecção no ouvido, pelo prejuízo que causa à função da tuba auditiva e pelas alterações provocadas na mucosa de proteção do nariz e garganta.

campanha nacional da saúde alditiva.

Você sabia que....
- nem toda tontura é sinônimo de labirintite. Apesar da maioria das tonturas com caráter rotatório ser de origem do labirinto, existem também causas neurológicas, vasculares e cardíacas para tontura
- o cerume (a popular “cera”) não é sujeira, mas sim parte de um importante mecanismo de defesa do canal do ouvido contra infecções bacterianas e fúngicas
- o zumbido pode ser sinal de algum problema de saúde, não só do ouvido mas também de outras partes do corpo- o uso do cotonete na parte interna do canal da orelha pode causar lesões e infecções
- som alto, explosões e fones de ouvido podem causar perda irreversível da audição
- o Brasil é um dos campeões mundiais na freqüência de perda auditiva ocupacional induzida pelo ruído
- O ouvido humano detecta sons de 20 a 20000 Hertz, ou seja: desde o mínimo barulho de um pernilongo à noite até o de um avião a jato!
- Quem ouve é o cérebro! O som que chega à orelha e a parir daí se propaga através de ondas sonoras que são transformadas em sinais elétricos, que percorrem o nervo da audição para levar a música, a voz ou um barulho até o cérebro.
- Dar mamadeira quando o bebê está deitado aumenta a chance de a criança ter otites, que são infecções de ouvido, pois o leite pode refluir para o ouvido através de uma comunicação chamada tuba auditiva
.- Beijos estalados nas orelhas podem exercer uma pressão tão grande que é capaz até mesmo de romper o tímpano e causar diminuição da audição.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009




TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

O que é?
A trombose venosa profunda (TVP) é o desenvolvimento de um trombo (coágulo de sangue) dentro de um vaso sangüíneo venoso com conseqüente reação inflamatória do vaso, podendo, esse trombo, determinar obstrução venosa total ou parcial.
A TVP é relativamente comum (50 casos/100.000 habitantes) e é responsável por seqüelas de insuficiência venosa crônica: dor nas pernas, edema (inchaço) e úlceras de estase (feridas). Além disso, a TVP é também responsável por outra doença mais grave: a embolia pulmonar

Doação de Órgãos
POR QUE DOAR?
A carência de doadores de órgãos é ainda um grande obstáculo para a efetivação de transplantes no Brasil. Mesmo nos casos em que o órgão pode ser obtido de um doador vivo, a quantidade de transplantes é pequena diante da demanda de pacientes que esperam pela cirurgia. A falta de informação e o preconceito também acabam limitando o número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral. Com a conscientização efetiva da população, o número de doações pode aumentar de forma significativa. Para muitos pacientes, o transplante de órgãos é a única forma de salvar suas vidas.
MENINGITE

O que é?
Meningite (MGT) é uma infecção das membranas (meninges) que recobrem o cérebro por elementos patológicos como: vírus, bactérias, fungos ou protozoários. Quando ocorrer comprometimento concomitante do tecido cerebral, pode ser denominado de meningoencefalite.
Como se adquire?
A aquisição da infecção está relacionada ao tipo de germe associado. Geralmente, pode estar associado a um quadro infeccioso respiratório, podendo ser viral ou bacteriano, otites (infecção do ouvido) , amigdalites (infecção na garganta), trauma cranioencefálico (germes colonizadores da cavidade nasal podem adentrar a cavidade craniana e contaminar as meninges). Estados de imunossupressão, como aqueles desencadeados pela infecção pelo HIV, podem tornar o indivíduo mais suscetível a apresentar este tipo de doença, principalmente quando a meningite for desencadeada por fungos ou protozoários.
O que se sente?
O quadro clínico da MGT é caracterizado por: cefaléia intensa, náuseas, vômitos e certo grau de confusão mental. Também há sinais gerais de um quadro infeccioso, incluindo febre alta, mal-estar e até agitação psicomotora. Além disso, podemos observar a tradicional “rigidez de nuca”, um sinal de irritação meníngea. Em crianças, o diagnóstico pode ser mais difícil, principalmente nas menores, pois não há queixa de cefaléia e os sinais de irritação meníngea podem estar ausentes. Nelas, os achados mais freqüentes são: febre, irritabilidade, prostração, vômitos, convulsões e até abaulamento de fontanelas.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pela anamnese e exame físico completo do paciente. A confirmação diagnóstica das meningites é feita pelo exame do líquor, o qual é coletado através de uma punção lombar (retirada de líquido da espinha). Exames de imagem, sobretudo a tomografia de crânio, não são exames de escolha para o diagnóstico das meningites, mas são indicados quando há alteração focal no exame neurológico, ou se há sinais de hipertensão intracraniana (dor de cabeça, vômitos e confusão mental), ou crises convulsivas, no início do quadro, sem sinais infecciosos gerais.
Como se trata?
O tratamento das meningites agudas é considerado uma emergência, principalmente se a suspeita etiológica for bacteriana. Ele deve ser iniciado o mais rápido possível e com antibióticos administrados via endovenosa, pois o paciente corre o risco de vida e de apresentar seqüelas graves nestes casos. Na suspeita de meningite crônica, como aquela provocada pela tuberculose, o tratamento pode ser administrado via oral, sendo que o mesmo se prolonga por semanas.
Como se previne?
A prevenção é possível nos casos diagnosticados e com certeza da doença. O uso de máscaras e a profilaxia com antibiótico podem prevenir a meningite das pessoas que estiverem em contato próximo a um paciente que esteja com a infecção.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Angina do Peito
A angina do peito apresenta-se sob duas formas, a estável e a instável.
Tanto a instável como a estável têm manifestações ou sintomas semelhantes aos do infarto do miocárdio. Elas podem evoluir para um infarto do miocárdio quando não tratadas.
A angina do peito estável se diferencia do infarto por algumas das características abaixo:
Duração da dor - geralmente é de mais curta duração, se durar mais do que 15 minutos provavelmente se trata de infarto.
A dor surge com o esforço e passa com a parada, com o repouso.
As manifestações paralelas não costumam ser tão intensas como no infarto.
A dor ou opressão retroesternal passa com o uso de comprimidos sublinguais de nitro derivados. Se a dor não ceder provavelmente se trata de um infarto.


Os sintomas da angina de peito estável variam de pessoa para pessoa, mas, num mesmo indivíduo, costumam ser semelhantes, e num mesmo indivíduo costumam ter os seus fatores desencadeantes bem conhecidos, como fazer força, caminhar no vento frio, subir escadas, atividade sexual, e outras.

Os sintomas da angina de peito instável costumam surgir em repouso ao levantar pela manhã, e são de aparecimento súbito, com dores e desconforto moderado a severo, evoluem rapidamente para um estágio em que há um aumento no desconforto e na dor, tanto na intensidade como severidade.
O infarto do miocárdio ?
se dá quando o suprimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou cortado totalmente. Isso acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente.
Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com conseqüências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação.
HIPERTENSÃO PULMONAR PRIMÁRIA

O que é?
Ocorre quando há uma pressão sangüínea anormalmente elevada nas artérias que levam o sangue do coração para os pulmões.
Essa pressão não é a mesma que é medida no consultório médico.
Quando a causa deste distúrbio é o enfisema pulmonar ou uma doença do coração presente desde o nascimento, por exemplo, chamamos isto de hipertensão pulmonar secundária.
Se nenhuma causa para isso é encontrada, chamamos de hipertensão pulmonar primária. A hipertensão pulmonar primária é uma doença rara que ocorre mais freqüentemente em adultos jovens, com uma discreta predominância no sexo feminino.
Como se desenvolve?
A pressão sangüínea nas artérias pulmonares pode estar elevada por muitas razões.
Em algumas situações, nenhuma causa para tal aumento é encontrada. Quando isto ocorre, chamamos tal acontecimento de Hipertensão Pulmonar Primária. Nesta doença, normalmente, o que ocorre é uma alteração na parte interna dos vasos sangüíneos, que dificulta a passagem do sangue e faz com que o coração tenha mais trabalho para levar este até os pulmões.
Com isso, a pressão nos vasos pulmonares torna-se elevada.
A causa destas alterações nestes vasos sangüíneos é desconhecida.
Quais são os sinais e sintomas?
Encurtamento gradual da respiração que pode piorar com exercícios.
Dor ou desconforto torácico.
Fadiga.
Inchaço nas pernas.
Tosse persistente.
Palpitações (sensação do batimento forte ou anormal do coração).
Cianose (tom azulado da pele, principalmente nas mãos, pés e face).
Tontura
Desmaio (síncope).
Como o médico faz o diagnóstico?
Normalmente, a primeira pista para o diagnóstico desta doença é uma radiografia do tórax ou um eletrocardiograma que sugira uma hipertrofia do ventrículo direito (aumento do músculo do coração que bombeia o sangue para os pulmões).
Mais comumente a pessoa, no início, se queixa de cansaço fácil e desconforto torácico.
Através destas alterações narradas pelo paciente e do exame físico alterado, poderá o médico suspeitar da doença, devendo solicitar exames complementares.
A determinação direta da pressão circulatória pulmonar quando se coloca um cateter (tubo que entra por um vaso sangüíneo, passa pelo coração e chega até os pulmões) no coração continua sendo o padrão-ouro, ou seja, o melhor exame para confirmar a doença.
A ecocardiografia (uma ecografia do coração) pode sugerir a doença e é útil no acompanhamento e na determinação da resposta deste ao tratamento.
Como se trata?
A única cura para a hipertensão pulmonar primária é o transplante pulmonar para ambos os pulmões, sendo, às vezes, também necessário o transplante de coração.
Medicamentos podem ser utilizados para a melhora dos sintomas e prolongamento da vida, mas não curam a doença. Devemos lembrar que os transplantes são cirurgias grandes e envolvem riscos significativos, como sangramento, infecções, e, até mesmo, o óbito do paciente.
Além disso, o fenômeno de rejeição ao órgão transplantado é elevado, podendo chegar até 50% dos pacientes dentro de dois a três anos após o transplante.
Após a realização do transplante, o uso de medicações para prevenir a rejeição é obrigatório por toda a vida, o que pode ocasionar diversos efeitos colaterais.
Para o alívio dos sintomas, o oxigênio suplementar é a medida mais importante e quase sempre faz parte do arsenal do tratamento.
Além disso, os vasodilatadores - medicações que dilatam os vasos para facilitar a passagem do sangue - podem, em um terço dos casos, auxiliar no tratamento.
Várias medicações estão em fase de teste para ver se podem ajudar no tratamento e há outras já em uso na hipertensão pulmonar.
Os anticoagulantes (medicações que combatem a coagulação do sangue) também têm sido empregados no tratamento, visto que eles parecem prolongar a vida dos pacientes. Além disso, eles evitam os casos de trombose nestes vasos pulmonares alterados.
A hipertensão pulmonar primária é uma doença com mau prognóstico.
Como se previne?
Não existem maneiras de prevenir esta doença.
ANEURISMA CEREBRAL

O que é?
Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar a ruptura da mesma no local enfraquecido e dilatado.
Uma comparação de como se parece um aneurisma é a dilatação ou irregularidade da câmara de um pneu. Formam-se irregularidades na superfície da câmara e em um destes locais há ruptura da mesma com perda de ar sob pressão. Nos indivíduos que têm aneurisma cerebral há a ruptura desta irregularidade da artéria cerebral e "vazamento" de sangue para um espaço virtual que existe no cérebro chamado de "espaço subaracnóide".
A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva à morte quase um terço dos pacientes. Alguns pacientes apresentam dois ou mais episódios de hemorragia do aneurisma cerebral. Em cada uma das hemorragias o risco de morte vai se somando.
Como se desenvolve?
A ruptura do aneurisma pode ocorrer durante toda a vida, mas é mais freqüente entre a quarta e quinta década de vida.
Muitas pessoas nascem com aneurismas cerebrais, os chamados aneurismas congênitos os quais, ao longo da vida, podem aumentar e romper.
Existem fatores de risco como parentesco de sangue próximo ao de alguém que já teve aneurisma, principalmente irmãos.
Outros fatores de risco são: hipertensão arterial, dislipidemias (alteração do colesterol e triglicerídeos), doenças do colágeno, diabete mélito (açúcar no sangue) e fumo.
O que se sente?
O sintoma mais comum é cefaléia de grande intensidade acompanhada de vômitos, convulsões e perda de consciência. Alguns pacientes desenvolvem ptose palpebral (queda súbita da pálpebra) acompanhado de cefaléia. Outros, perda progressiva da visão por comprometimento do nervo óptico por compressão do aneurisma.
Com o decorrer das horas a dor de cabeça pode evoluir para uma dor importante na nuca e levar a "rigidez de nuca" que é comum na meningite, ou dor nas costas e pernas. Isso ocorre por que o sangue escorre da cabeça para a coluna e "irrita" as raízes nervosas provocando dor nas costas.
Pacientes que não rompem o aneurisma cerebral podem ter sintomas de isquemias cerebrais de repetição, pois pode haver formação de pequenos coágulos dentro do saco aneurismático levando a liberação dos mesmos para a corrente sangüínea e "entupindo" pequenas artérias.
Como o médico faz o diagnóstico?
Os pacientes com aneurisma cerebral não roto apresentam dificuldade de diagnóstico por parte do médico. Os aneurismas não rotos não dão dor de cabeça. Algumas vezes apresentam-se como pequenas isquemias cerebrais ou queda da pálpebra. O especialista experiente deverá solicitar uma angiografia cerebral digital ou uma angiografia por ressonância magnética. Somente nos aneurisma muito grandes podemos fazer diagnóstico dos mesmo com uma tomografia computadorizada do encéfalo.
O diagnóstico de suspeição é feito pela história que o paciente conta quando o aneurisma é roto. Muitas vezes o paciente já chega em coma ao hospital. Cabe ao médico solicitar uma tomografia computadorizada do encéfalo que deve demonstrar sangue no espaço subaracnóide ou hematoma cerebral (coágulo dentro do cérebro).
Caso a tomografia computadorizada seja normal e o paciente apresente rigidez de nuca o médico procede a uma punção lombar para ver se há sangue no líquido que banha o cérebro e a espinha, chamado de "líquor". Nos pacientes com hemorragia por aneurisma cerebral o líquor - que é da cor da água - aparece avermelhado pelo sangue da hemorragia.
Como se trata?
O tratamento dos aneurismas não rotos deve ser avaliado, pois o risco anual da ruptura de um aneurisma é de 1,25 %, ou seja, o paciente pode escolher um momento adequado para o seu tratamento junto com seu médico.
Já os aneurismas rotos apresentam-se como uma urgência médica devendo ser tratados com máxima brevidade. Até o início da década de 90 o tratamento era feito exclusivamente através da cirurgia, que consiste em abertura do crânio e bloqueio do aneurisma com clipes (grampos) metálicos. Nem todos os pacientes podem ser tratados com cirurgia. Dependendo do estado de saúde do paciente e do local a ser alcançado, uma intervenção cirúrgica poderá ser perigosa. A partir da metade da década de 90, foi desenvolvido um método denominado embolização por cateter que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através do cateter, que é levado até ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma com inserção de micro molas de platina. Nisto reside o tratamento endovascular, também conhecido como embolização. Há casos em que a estrutura vascular do paciente não permite a passagem do cateter. Nesses casos, não existe alternativa a não ser o tratamento cirúrgico. Recentemente foi desenvolvido novo material para tratar o aneurisma, chama-se Onyx. Trata-se de um líquido que se torna sólido no interior do aneurisma. O Onyx deverá substituir as molas de platina, mas sua utilização tem o mesmo conceito terapêutico.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Hepatite E

É uma doença infecciosa aguda, causada pelo virus da hepatite E, que produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão do virus é fecal-oral, e ocorre através da ingestão de água e alimentos contaminados. A transmissão direta de uam pessoa para outra é arra. Uma pessoa infectada com virus pode ou não desenvolver a doença. Ainfecção confere imunidade permanentecontra a doença. A hepatite E ocorre mais comumente em paises onde a infra-estrutura de saneamento básico é deficiente e ainda não existem vacinas disponíveis.
O ser humano parece ser o hospedeiro natural do virus da hepatite E, embora haja possibilidade de um reservatório animal e seja possível a infecção experimental de macacos.

Varicela

A varicela é uma doença infecciosa aguda, altamente transmissivel, causada pelo virus varicela-zóster. A doença é mais comum em crianças entre um e dez anos, porém pode ocorrer em pessoas susceptíveis (não imunes) de qualquer idade. Na maioria daas vezes, principalmente em crianças, a doença evoluiu sem consequencias mais sérias. Contudo, a varicela pdoe ter evolução grave e até causar o óbito, sendo consideravelmente maior o risco quando ocorre em adultos e pessoas com imunodeficiência.
O ser humano é o único hospedeiro natural do vírus varicela-zóster. A infecção, em geral, ocorre através da mucosa do trato respiratório superior (porta de entrada). A transmissão do virus ocorre, principalmente pela secreção respiratória de um indivíduo infectado.

Sífilis

A sífilis é uma DST sistêmica causada por uma bactéria, o treponema pallidum. A manifestação inicial é uma lesão ulcerada indolor em pele ou muscosa, geralmente na região genital, que desaparece mesmo sem tratamento. Quando não tratada, a sífilis pode permanecer assintomática e continuar evoluindo por meses ou anos e resultar em quadros graves. Em mulheres a infecção pode ocasionar, durante a gestação, a transmissão da sífilis para o concepto. A sífilis não confere imunidade permanente e a doença pode ocorrer mais de uma vez em uma mesma pessoa.
A sífilis geralmente é transmitida de uma pessoa para outra durante relações sexuais. O risco de transmissão é amior nos estágios inicias da doença, com redução gradual ao longo do tempo. As lesões da sífilis primária e secundária são altamente infectantes.

Caxumba

A caxumba é uma doença infecciosa imunoprevenível de transmissão respiratória. A infecção é causada pelo virus da caxumba e, frequentemente, resulta em manifestações discretas ou é assintomática. A doença geralmente tem evolução benígna e é mais comum em crianças, mas pode ocorrer com maior gravidade em adultos susceptíveis ( não imunes ). Durante a gravidez a infecção pelo virus caxumba pode resultar em aborto espontâneo, porém não existem evidências de que possa causar mal-formação congênitas. Como regra geral, a imunidade é permanente, ou seja, a caxumba comumente ocorre apenas uma vez na vida.
O ser humano é o único hospedeiro natural do virus da caxumba. Após a transmissão, o virus da caxumba se replica na mucosa da nasofarínge e nos gânglios linfáticos regionais. Entre 12 e 25 dias após a infecção, ocorre disseminação do virus através da corrente sanguínea (viremia).

Encefalite japonesa

A encefalite japonesa é uma doença infecciosa aguda, causada por um flavivirus ( o virus da encefalite japonesa ) capaz de acometer o sistema nervoso central. A infecção, para a qual está disponível uma vacina eficient, é transmitida por mosquitos e ocorre principalmente na Ásia.
A transmissão ocorre através da picada de mosquitos infectados, que se proliferam em coleções de água e tem hábitos predominantemente noturnos. O vírus da encefalite japonesa tem como hospedeiros naturais os pássaros selvagens e os suínos, que servem de reservatório para amplificação viral. Embora os porcos adultos infectados não desenvolvam a doença ( servindo apenas de fonte de contaminação para os mosquitos ), a infecção durante a gestação provoca o aborto, sendo um problema veterinário relevante. A criação de porcos no peridomicilio, condição frequentemente encontrada em áreas rurais dos países asiáticos, favorece a contaminação dos mosquitos e consequentemente a transmissão do virus para os seres humanos.

Poliomelite

A poliomelite é uma doença causada por um enterovirus, denominado poliovírus ( sorotipos ,2 e 3 ). É mais comum em crianças ( "paralisia infantil" ), mas também ocorre em adultos. A transmissão do poliovirus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovirus também pode ser disseminado por contaminaçãofecal de água e alimentos.
O modo de aquisição do poliovirus é oral, através de transmissão fecal-oral ou, raramente, oral-oral. A multiplicação inicial do poliovirus ocorre nos locais por onde penetra no organismo( garganta e intestinos ). Em seguida dissemina-se pela corrente sanguínea e, então, infecta o sistema nervoso, onde a sua multiplicação pode ocasionar a destrução de células ( neurônios motores ), o que resulta em paralisia flácida. Uma pessoa que se infecta com o poliovirus pode ou não desenvolver a doença.

Hepatite A

A hepatite A é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da hepatite A, que produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão do vírus é fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra. Uma pessoa infectada com o vírus pode ou não desenvolver a doença. A hepatite A ocorre em todos os países do mundo, inclusive nos mais desenvolvidos. É mais comum onde a infra-estrutura de saneamento básico é inadequada ou ineistente. A infecção confere imunidade permanente contra a doença.
O ser humano é o único hospedeiro natural do vírus da hepatite A. A transmissão é comum entre crianças que ainda não tenham aprendido noções básicas de higiene, entre os que residem em mesmo domiicílio ou sejam parceiros sexuais de pessoas infectadas. dez dias depois de uma pessoa ser infectada, desenvolvendo ou não as manifestações da doença, o vírus passa a ser eliminado nas fezes durante cerca de três semanas. O período de maior risco da transmissão é de uma a duas semanas antes do aparecimento das manifestações.

Diarréia dos viajantes

A diarréia é o principal problema de saúde durante viagens. O termo diarréia dos viajantes define um grupo de doenças que é resultante da ingestão de água e alimentos contaminados por agentes infecciosos e que tem a diarréia como manifestação principal. Em geral a diarréia tem duração de dois a três dias e, mas pode causar desconforto e impedir a realização de atividades importantes. Pode ainda evoluir com complicações como a desidratação, o que é mais comum em crianças pequenas, idosos e portadores de doenças crônicas.

Leptospirose

A leptospirose é uma doeça infecciosa febril, aguda, potencialmente grave, causada por um abactéria, a Leptospira interrogans. É uma zoonose que ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões polares. Em seres humanos, ocorre em pessoas de todas as idades e em ambos os sexos. Na maioria dos casos de leptospirose a evolução é benígna.
Acomete roedores e outros mamíferos silvestres e é um problema veterinário relevante, atingindo animais domésticos e outros de importância econômica. esses animais mesmo quando são vacinados, podem tornar-se portadores assintomáticos e eliminar a L. interrogans junto com a urina. O rato de esgoto é o principal responsável pela infecção humana, em razão de existir em grande número e da proximidade com os seres humanos. A L. interrogans peneetra através da pele e de mucosas ou através da ingestão de água e alimentos contaminados. A presença de pequenos ferimentos na pele facilita a penetração, que pode ocorrer também através da pele íntegra quando a exposição é prolongada.

Febre tifóide

É uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Salmonella typhi. Caracteriza-se por febre prolongada, alterações do trânsito intestinal, aumento de vísceras como fígado e o baço e, se ão tratada, confusão mental progressiva, podendo levar ao óbito. A transmissão ocorre principalmente através da ingestão de água e de alimentos contaminados. A doença tem distribuição mundial, sendo mais frequente nos países em desenvolvimento, onde as condições de saneamento básico são inexistentes ou inadequadas.
A S. typhi causa infecção exclusivamente nos seres humanos. A principal forma de tranmissão é a ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes humanas ou, menos frequentemente, com urina contendo a S. typhi. Mais raramente, pode ser transmitida pelo contato direto ( mão-boca ) com fezes, urina, secreção respiratória, vômito ou pus proveniente de um indivíduo infectado.

Malária

A malária é uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por parasitas ( protozoários do gênero Plasmodium ) que são transmitidos de uma pessoa para outra pela picada de mosquitos de gênero anopheles. a malári, contra a qual não estão disponíveis vacinas, é a principal preocupação dos viajantes.
A malária, em condições naturais, é transmitida por fêmeas de mosquitos do gênero anopheles. O principal transmissor na região da Amazônica é o Anopheles darlingi, que tem como criadouro grandes coleções de água. O Anopheles aquasalis, que se prolifera em coleções de água salobra, predomina sobre o A. darlingi na faixa litorânea, inclusive no Rio de Janeiro. Estes mosquitos tem maior atividade durante a noite, do crepúsculo ao amanhecer e, geralmente picam no interior das habitações. A transmissão é mais comum no interior das habitações em áreas rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas principalmente na periferia.

Cólera

A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo Vibrio cholerae, que é uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que causa diarréia. Apenas dois sorogrupos ( existem cerca de 190) dessa bactéria são produtores da enterotoxina, o V. cholerae O1 ( biotipos "clássico" e "El Tor") e o V. cholerae 0139. O vibrio cholerae é transmitido principalmente através da ingestão de água ou de alimentos contaminados. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática ou produz diarréia de pequena intensidade. Em algumas pessoas pode ocorrer diarréia aquosa profusa de instalação súbita, potencialmente fatal, com evolução rápida para desidratação grave e diminuição acentuada da pressão sanguínea.
O V. cholerae penetra no organismo humano por ingestão de água ou de alimentos contaminados ( transmissão fecal-oral ). Se conseguir vencer a acidez do estômago, alcança o intestino delgado onde o meio é alcalino, multiplica-se intensamente, principalmente em doudeno e jejuno, e produz a enterotoxina que pode causar a diarréia.

Gonorréia

A gonorréia é causada por bactéria e é altamente contagiosa. A bacteria pode entrar no corpo através de qualquer abertura corporal ( vagina, boca, reto ). Ela é na maioria das vezes transmitida através da relação sexual. Nos homens a infecção normalmente começa na uretra ( o canal por onde passa a urina). Nas mulheres, a bacteria normalmente infecta primeiramente o colo do útero. A bactéria pode infectar a garganta e o reto após sexo oral e anal.
Um bebê, cuja mãe tenha gonorréia, pode ter seus olhos infectados durante o nascimento ao passar pelo canal vaginal. Os principais sintomas são: sensação de queimação ou dor ao urinar; vontade frequente de urinar; corrimento turvo e denso do pênis; corrimento vaginal turvo, amarelo com odor desagradável; dor de estômago ( nas mulheres ); sangramento menstrual anormal; ânus ou reto inflamados ( após relação sexual anal); inflamação de garganta ( após relação sexual oral) e dor no escroto ou testículos.

Osteonecrose

Osteonecrose (ON), também chamada de necrose asséptica óssea, necrose avascular, osteonecrose asséptica, etc., é um problema que acomete os vasos sanguíneos ósseos, mais comumente nas cabeças femorais e umerais, embora haja relatos de aparecimento em joelhos, maxilares, etc. Embora a osteonecrose asseptica posssa ter causas diversas, as procipais seriam corticosteroideterapia ( para asma, artrite reumatica, etc.), Anemia falciforme mergulhadores profissionais ( osteonecrose disbárica), por radiação contra tratamentos de cânce, alcoolismo e sem causa definida ( idiopatica ). Tem havido relato de pacientes portadores de HIV tambem desenvolverem o problema, bem como traumatismos que afetam a circulação local também podem ocasionar osteonecrose asseptica.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O que e apraxia?

È uma desordem neurológica que se caracteriza por provocar uma perda da habilidade para executar movimentos e gestos precisos, apesar do paciente ter a vontade e a habilidade física para os executar. Resulta de disfunções nos hemisférios cerebrais, sobretudo do lobo parietal. Caracteriza-se, mais especificamente, na diminuição da capacidade para executar actividades motoras apesar das capacidades motoras, a função sensorial e a compreensão da tarefa requerida estarem intactas. Leva à diminuição das capacidades de pantomima da utilização de objectos (por exemplo, escovar o cabelo)e da capacidade de execução de atos motores conhecidos (por exemplo, acenar em adeus).
A apraxia é uma patologia provocada por lesões cerebrais tais como acidentes, tumores, etc.
O termo “apraxia” foi usado pela primeira vez em 1871 por Steinthal. Não existe uma definição universal para o termo, mas Rothi e Heilman sugerem que seja definido como uma alteração neurológica da capacidade de movimento apreendido e proposicional que não possa ser explicado por defeitos elementares da motricidade nem dos sistemas sensoriais.
A apraxia ideativa corresponde à ideomotora, mas o desempenho não melhora com a presença do objecto nem com a imitação. É como se todos os esquemas de programação motora estivessem perdidos. Este tipo de apraxia é comum na demência. A apraxia buco-facial corresponde à incapacidade de realizar movimentos com os músculos da face e da boca. Este tipo acompanha muitas vezes os quadros afásicos, sendo possível que os mecanismos que sustentam estes movimentos partilhem algumas funções com as da linguagem. O mesmo já não acontece nas apraxias, que se torna evidente nos membros em que a lateralidade se correlaciona mais com a sua presença. A apraxia de marcha, como o nome indica, corresponde à impossibilidade de realizar os movimentos necessários para andar. Estes doentes, são capazes de cruzar as pernas quando estão sentados, de bater com os pés no chão alternadamente, de fazer movimentos de bicicleta quando estão deitados, mas não conseguem realizar os movimentos necessários para progredir na marcha. A apraxia do vestir surge com muita frequência nos casos de demência. O doente deixa de saber a sequência correta com que se vestem as diferentes peças de roupa. Pode, por exemplo, vestir a camisa por cima do casaco. Muitas vezes, tenta vestir peças de roupa de forma errada, tenta enfiar a perna na manga do casaco e, noutras ocasiões, pode usar múltiplas peças de roupa repetidas, por exemplo, três pares de meias.
Causas
A apraxia ideomotora é quase sempre causada por lesões no hemisfério cerebral dominante da linguagem (geralmente o esquerdo), e estes pacientes frequentemente têm afasia concomitante, especialmente do tipo de Broca ou de condução. A afasia ideomotora lateral esquerda pode ser causada por uma lesão do corpo caloso anterior.
A apraxia ideacional é geralmente associada com estados de confusão e demência.